Assinaram o acordo entre o Mogave e a Subprefeitura. Da esquesda para a direita: Cássio Tramutola (vice-presidente do Mogave); Zizi (Chefe de Planejamento da Subprefeitura); Dona Mara (Lider comunitária); Melander (Mogave); Cleide Pandolfi (subprefeita) e Dino Mottinelli (vice-presidente do Mogave)
A Subprefeitura
Capela do Socorro (SPCS) e o Movimento Garça Vermelha (Mogave), este
representando a comunidade, assinaram no dia 4 de agosto, documento de acordo
sobre o novo traçado de interligação entre os parques São José, Nove de Julho e
do Castelo, denominado Trecho II do Circuito Turístico da Represa de
Guarapiranga, envolvendo a implantação de pista de caminhada e ciclovia, num
total de 3.271 metros de extensão.
Assinado pela
subprefeita Cleide Pandolfi e pelo presidente Eduardo Melander Filho, do
Mogave, o documento tem por finalidade dar continuidade ao Convênio Manancial
(003/2009), que transfere recursos financeiros para a execução das obras de
implantação do Trecho II do Circuito da Guarapiranga.
Inicialmente com
4.844 metros de extensão e custo aproximado de R$ 10 milhões, a “ciclovia de
contemplação”, como consta no projeto original, teve sua construção paralisada
em virtude de encerramento de convênios e por denúncia feita ao Ministério
Público pelo Mogave, em 2010, em razão do despejo de 840 caminhões de entulho
numa grande área do Parque Nove de Julho para assoreamento de parte da represa,
com o objetivo de dar sustentação ao gradil e à ciclovia que por ali passaria. O processo corre até hoje contra a
Prefeitura, Sabesp, Emae, Eletropaulo e CETESB, proibindo qualquer tipo de
construção no local.
Apesar disso, o
Mogave prossegiu tentando negociar o projeto da ciclovia com a Subprefeitura.
“Essa administração foi a única que se dispôs a discutir o projeto com a gente
durante todo esse tempo. Foram dois anos de negociações e estudos, e enfim o
projeto foi refeito e agora segue para sanção do prefeito e liberação de
verba”, explica Melander.
O novo traçado
Além de redução
no percurso em mais de um quilômetro e meio, o novo traçado do Trecho II também
reduziu seu custo para cerca de R$ 8 milhões.
Pelo novo projeto – que o Mogave antes havia discutido com lideranças
locais, conselhos dos parques e moradores – não haverá cortes de árvores no
percurso, respeitando o meio ambiente, não envolverá desapropriações e terá
como novidade, de acordo com Melander, a construção de um grande pontilhão de
madeira da rua Forte George até o Parque Nove de Julho, propostas estas aceitas
pela SPCS.
Melander na assinatura do acordo com a Subprefeitura da Capela do Socorro
O presidente do
Garça Vermelha destaca que o trajeto original do Trecho II envolvia ainda o
desmatamento de mata fechada existente no local, o que foi corrigido no novo
projeto que ainda prevê reflorestamento na área.
Melander informa
que as negociações com a SPCS devem prosseguir para definir, entre outras
coisas, o fechamento de alguns acessos para impedir a entrada de motociclistas
na nova pista do Trecho II e a implantação de iluminação e segurança, visando
os usuários do trajeto.
“A ciclovia será
útil tanto para lazer quanto para outras finalidades de locomoção das pessoas.
Finalmente está se juntando a periferia com o centro, porque tudo que se faz é
na região central da cidade. A periferia fica sempre em segundo plano. Mas
agora, a dona Cleide (subprefeita) deu uma pausa nisso”, diz Dino Mottinelli,
vice-presidente do Mogave, se referindo à ligação do Trecho II e I da ciclovia
da orla da Guarapiranga com a ciclovia da Marginal Pinheiros.
Se não é o
ideal, é o melhor
Durante o ato de
assinatura, Cleide Pandolfi explicou que o documento também leva o aval da
Secretaria Estadual de Recursos Hídricos e da CETESB, e contará com recursos do
Estado e da Prefeitura. A subprefeita informou ainda que as obras do Trecho II
devem começar até o final deste ano e devem estar concluídas em 180 dias.
“Este projeto
mostra como é possível atender todo mundo, sem truculências”, disse Cleide
sobre o acordo firmado. O Mogave pretende agora reunir a comunidade e
apresentar o que foi decidido, segundo Melander. Para ele, “se este não é o
projeto ideal, foi o melhor a que conseguimos chegar”. Tanto Melander quanto
Dino acreditam que esta interligação entre os parques da represa de
Guarapiranga, com pista de caminhada e a ciclovia de contemplação, logo se
tornará referência turística do extremo sul paulistano.
REFERÊNCIA
COM novo
traçado, vai recomeçar Trecho II da ciclovia entre parques. Jornal Notícias da
Região Sul, São Paulo, p. 7, 14 a 27 ago. 2015.
3 comentários:
Ótima iniciativa nossa região esfa precisando de mais áreas de lazer.
Ótima iniciativa nossa região está precisando de mais áreas de lazer.
Parabéns pela iniciativa.
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