Parque Jacques Cousteau: Uma visita ao Laguinho

O "laguinho" do Parque Jacques Cousteau

Dino Mottinelli (1)

Acompanhados pela Sra. Ângela Rodrigues Alves da Ong. Fiscais da Natureza e membro do Conselho Gestor do Parque Jacques Cousteau, pelo Thiago Andrade que é Administrador de Parques da Secretaria do Verde e Meio Ambiente da Prefeitura Municipal da Cidade de São Paulo e Eduardo Melander Filho, também membro do Conselho Gestor e Diretor Presidente da Associação Movimento Garça Vermelha, visitamos neste domingo (06.02.2011) o Parque do Laguinho, conhecido oficialmente como Parque Jacques Cousteau.

É composto, numa extremidade, por seis entradas de águas, pluviais e de nascentes, que formam um riacho e abastecem o Laguinho, o qual tem um vertedouro para o excedente destas águas que a partir deste ponto seguem canalizadas para a Represa do Guarapiranga, desaguando ao lado do Corpo de Bombeiros.
Ângela Rodrigues Alves junto à primeira nascente

Tudo isso, na sua maior parte protegido por uma mata fechada, compondo um interessante e relativamente bem cuidado ecossistema, onde, além da variada flora, convivem quatro jacarés, tartarugas, patos, peixes e a grande variedade de aves que também habitam e freqüentam a nossa Represa.

Tem também uma pequena casa que funciona como sede administrativa e há construções precárias para o sistema operacional, viveiro de mudas e uma compostagem, pouco usadas no momento
Córrego formado pelas nascentes e águas pluviais que corre em direção ao lago

Os problemas, para manter e conservar o Jacques Cousteau são vários:

- A água pluvial que chega, sem nenhuma filtragem, leva para o parque, para o riacho e para o laguinho todo o lixo e poluentes que vemos nas calçadas e sarjetas das ruas, terminando tudo na Guarapiranga;

- Estas seis entradas de água são levadas para uma única saída, onde é formado um funil que, quando chove muito, alaga boa parte do parque e com isso o riacho e o lago são assoreados e a mata ciliar circundante, conseqüentemente, é bastante prejudicada;

- O laguinho está repleto de ninféias (provavelmente de uma espécie mutante) e outras plantas prejudiciais que precisam ser removidas, além da necessidade de realização de análises mais freqüentes e melhores da água, nele e no resto do trajeto até a represa;
Dino Mottinelli, Ângela Rodrigues Alves e Thiago Andrade (de costas)

Há projetos para a contenção dos poluentes nas entradas pluviais, para a manutenção e contenção do riacho, para erradicar as plantas exóticas do laguinho, para as análises, e, também, para a conscientização da população do bairro.

São projetos práticos e alguns podem até ter até custo zero, mas esbarram no maior dos problemas: a Administração Pública, que além de criar dificuldades para tudo, como bem conhecemos, costuma falar uma coisa e fazer exatamente o oposto.
Da esq. p/a direita: Thiago Andrade, Melander e Ângela Rodrigues Alves junto ao "canal"

O Parque Jacques Cousteau conta hoje com apenas três funcionários e praticamente nenhum recurso disponível para realização de projetos.

Conhecer aquela exuberante área foi uma experiência interessante para nós aqui do "futuro" Parque Nove de Julho.

REFERÊNCIA:

(1) Dino Mottinelli é Ambientalista e Vice Presidente Financeiro da Associação Movimento Garça Vermelha.

7 comentários:

Anônimo disse...
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Rinaldo A. Perez disse...

parabéns pela iniciativa! E, lamentavelmente, três funcionários públicos que devem ficar coçando boa parte do tempo. Se o parque fosse aberto ao público, certamente iria visitá-lo, mesmo morando distante-Campinas. Tudo que é feito em prol da natureza terá um retorno positivo, pode acreditar.

Anônimo disse...

Rinaldo perez
Não fale sobre o que não conhece.
Abrir este parque para o público não é uma boa ideia.
Venha conhecê-lo e tenho certeza que mudará de opinião.