Árvores Centenárias Seráo Preservadas


Essa conseguimos salvar. Um monumento a historia e cultura da Cidade Dutra.

Eduardo Melander Filho

As árvores “centenárias” (1) da Avenida Alcindo Ferreira que sobreviveram ao corte generalizado realizado no início do mês de agosto de 2012 NÃO SERÃO MAIS CORTADAS por ordem do Subprefeito da Capela do Socorro Sr. Marco Antonio Augusto e confirmada em negociação realizada em 07/08/2012.

Participaram da negociação, além, do Subprefeito, que também é Presidente do Conselho Regional de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Cultura de Paz - CADES Capela, pela Subprefeitura: Dr. Carlos Abe, Arquiteto Geral. Pelo CADES Regional: Edgard Dias e Lebos Ribeiro. Pelo Grupo Sem Corte: Sra. Fernanda Collaço. Pela Associação Movimento Garça Vermelha - MOGAVE: Dra. Enorá Arone, Dino Mottinelli e Melander, os dois últimos também pertences ao CADES Capela.

A negociação foi pedida através de ofício enviado à Subprefeitura (veja abaixo o texto do ofício) na manhã do dia 06/08/2012 pelo MOGAVE, contendo várias reivindicações. O pedido foi originado em função da articulação que moradores e freqüentadores da região em torno do "Grupo Sem Corte", que organizou um abaixo assinado (veja abaixo o texto do abaixo assinado) e colocou cartazes nas árvores manifestando repúdio ao corte indiscriminado de árvores centenárias. O Grupo Sem Corte conseguiu recolher em apenas dois dias do final de semana 204 assinaturas.

A reunião do dia 07/08/2012 começou com Melander expondo que a razão do protesto ao corte das árvores devia-se a questões histórico-culturais, além das ambientais. Explicou que toda a cultura da região da Cidade Dutra foi agredida e que ele, desde que "se conhece por gente" lembra-se daquelas árvores, o que significa que lá estão a mais de 55 anos.

Lembrou que, ao que tudo indica, o percurso da ciclovia, que deu origem aos cortes, passará por uma área de várzea com taboais e centenas espécimes da Mata Atlântica em regeneração e que isso seria um crime ambiental abominável. Disse também que se houvesse transparência no trato destas questões com consulta à população muitas delas poderiam ter sido evitadas.

Após exposição do Sr. Carlos Abe sobre o projeto da Avenida Alcindo Ferreira, que é: parte um trecho de ciclovia e calçada e parte uma calçada que seguirá até a entrada do Parque Castelo passando em frente de uma comunidade, foram acordados os seguintes pontos, lavrados em Ata elaborada da reunião:

1- AS ÁRVORES RESTANTES NÃO SERÃO MAIS CORTADAS - Dr. Carlos Abe fará um projeto alternativo para desviar a calçada ou mesmo com "pontes" passando um pouco acima das raízes. De qualquer forma, a solução arquitetônica ficará a seu critério;

2- FICARÁ A CRITÉRIO DO MOGAVE A INDICAÇÃO DO LOCAL DE PLANTIO DA COMPENSAÇÃO DO CORTE DAS ÁRVORES. O Garça Vermelha indicará o local no prazo de um ano e, conseqüentemente, garantirá que a compensação seja realizada de fato;

3- A Subprefeitura da Capela do Socorro apresentará, finalmente, O PROJETO COMPLETO E ESCRITO DA CICLOVIA que liga a Avenida Atlântica ao São José, passando pelo Parque Nove de Julho. A apresentação será feita pessoalmente pelo Dr. Carlos Abe em reunião, no dia 21/08/2012, com participação do MOGAVE e convite extensivo ao Grupo Sem Corte e interessados que manifestarem desejo de participação à nossa Associação;

4- O CADES REGIONAL CAPELA DO SOCORRO deverá elaborar um projeto de acompanhamento de obras de impacto ambiental. Cabe ao CADES, se não decidir, exercer o seu papel de Conselho que é o de ACONSELHAR, manifestando em votação aberta dos CONSELHEIROS seu ponto de vista. É o fórum privilegiado para que a população se manifeste e RECORRA EM CASO DE EMERGÊNCIAS. É uma proposta que, sem dúvidas, se levada adiante, será uma novidade ímpar e referência para as demais similares.

Consideramos que a negociação foi uma vitória, não apenas para o Grupo Sem Corte e MOGAVE, mas também para o CADES e Subprefeitura, que abriu canais de negociação, reconhecendo a justeza das reivindicações.

Infelizmente poucas árvores serão preservadas. De um total de quinze apenas três restaram. Ficarão lá como monumento de um passado em que brincávamos em torno delas e de um futuro promissor que garante que sem luta nada se conquista. Que não existem coisas irreversíveis e que as possibilidades de realização são definidas pela vontade de fazer ou não fazer.

O TEXTO DO OFÍCIO À SUBPREFEITURA CAPELA DO SOCORRO


“Exmo. Senhor
Marco Antonio Augusto
Subprefeito da Subprefeitura da Capela do Socorro
Presidente do Conselho Regional de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Cultura de Paz da Subprefeitura da Capela do Socorro CADES
Prefeitura Municipal da Cidade de São Paulo-SP

Ref.: Cortes de árvores centenárias resultantes da obra de construção de trecho de ciclovia e calçadão em direção ao Parque Castelo na Avenida Alcindo Ferreira.

Senhor Subprefeito,

A Associação Movimento Garça Vermelha (MOGAVE), CNPJ 12.493.710.0001-80, com sede provisória na Rua XXXXXXXXXXXX, Jd. Sertãozinho, São Paulo-SP, CEP-04826.230, vem à presença de V. Ex.ª para expor e requerer o que segue:

Recebemos denúncia de corte indiscriminado de árvores centenárias na Avenida Alcindo Ferreira para construção de trecho de ciclovia e calçadão ligando a Avenida Atlântica ao Parque Castelo.

Verificando “in loco” constatamos a veracidade dos fatos, sendo que várias árvores foram cortadas e outras, segundo informações do engenheiro da empreiteira contratada, a serão nos próximos dias.

Trata-se de árvores centenárias que fazem parte da cultura não apenas do lugar, mas de toda a região da Cidade Dutra. Pessoalmente, como residente da região a mais de sessenta anos, em nossa lembrança elas sempre tiveram lá. No imaginário da população a ausência delas naquela paisagem significa que parte da vida delas foi destruída. Muitas pessoas se sentem assim, que revoltadas pelo ato dessa forma se manifestaram.

Além disso, as obras começaram sem aviso prévio e sem consulta preliminar à população local e freqüentadores, que, pegos de surpresa, questionam a transparência no trato da questão.

Por essa razão, neste final de semana, a população circundante e freqüentadores do Clube de Campo Castelo coletaram centenas de subscrições para um abaixo assinado protestando contra essa agressão ambiental e cultural, pedindo abertura de conversação com essa Subprefeitura.

Diante do exposto, considerando que parte considerável das árvores ainda não foi destruídas, sendo que provavelmente V. Ex.ª desconheça os detalhes precisos da operação, requer a V. Ex.ª que sejam adotadas as seguintes providências necessárias:

1- Que V. Ex.ª ordene a imediata suspensão do corte das árvores a fim de que se estabeleça conversação entre essa Subprefeitura, MOGAVE e representantes do “Grupo Sem Corte”, organizadores do abaixo assinado e parcela organizada da população e freqüentadores da região, com o objetivo de se encontrar soluções alternativas para a complementação das obras;
2- Que V. Ex.ª convoque, enquanto Presidente do CADES Regional Capela do Socorro, uma reunião extraordinária do Conselho Regional de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Cultura de Paz da Subprefeitura da Capela do Socorro, CADES, para essa mesma segunda feira, dia 06.08.2012, ou o mais tardar no dia posterior, com a finalidade de discutir a questão e se estabelecer critérios de se evitar situações desse tipo, tarefa que essencialmente cabe a esse organismo em termos de contribuição institucional, como interlocutor da vontade e das reivindicações da população;
3- Que V. Ex.ª agende para os próximos dias, em caráter de urgência, a apresentação dos documentos escritos do projeto de ciclovia que liga o trecho da Av. Alcindo Ferreira ao bairro São José, passando pelo Parque Nove de Julho. Solicitamos que nessa reunião esteja presente o arquiteto Sr. Carlos Abe, co-responsável do projeto pela Subprefeitura, para que explique critérios, trajeto, conseqüências ambientais, etc. Tal assunto já foi objeto de duas reuniões que o MOGAVE realizou com V. Ex.ª. O objetivo é o de contribuir na visão holística da problemática, evitando assim possíveis futuros focos de conflitos.

Nesses termos,

Pede deferimento.

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Eduardo Melander Filho
Diretor Presidente da Associação Movimento Garça Vermelha – MOGAVE
Secretário pela Sociedade Civil do Conselho Regional de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Cultura de Paz da Subprefeitura da Capela do Socorro - CADES

São Paulo, 05 de agosto de 2012”.

O TEXTO DO ABAIXO ASSINADO

São Paulo, 03 de agosto de 2012.

“Nós do “Grupo Sem Corte”, com o apoio de outros movimentos, vimos, através deste abaixo assinado, manifestar nossa indignação quanto ao CORTE DESORDENADO DE 13 ÁRVORES CENTENÁRIAS para a construção de uma CICLOVIA na Rua Alcindo Ferreira, cuja obra está sob a responsabilidade da subprefeitura da Capela do Socorro da prefeitura da cidade de São Paulo.

Estamos todos sensibilizados e indignados com a referida ação que é nada transparente, pois não houve nenhuma comunicação prévia ou discussão com a população em geral sobre a destruição das árvores e o dano ambiental conseqüente. Nem sequer existem placas no local das obras que possam identificar o nome do engenheiro responsável e da empreiteira contratada.

Não são apenas o corte das árvores e a agressão à natureza: trata-se da cultura de todo um local que está sendo agredida, pois as árvores são mais antigas que a maioria das pessoas e freqüentadores do entorno. Muitos conviveram com as árvores integradas na paisagem desde que nasceram e sua destruição representa a destruição de parte de sua vida.

Por isso pedimos a imediata suspensão das obras da Rua Alcindo Ferreira e que se estabeleça uma urgente conversação com a subprefeitura da Capela do Socorro para discutirmos uma solução alternativa”.

NOTA DE RODAPÉ

(1) – Leia-se “centenárias” como sinônimo de muito antigas. Não existem registros que comprovem a idade real das árvores. Segundo testemunhos vivos, seguramente elas têm mais de setenta anos.

O Discurso Que Não Houve na Cerimônia de Entrega da Salva de Prata do Prêmio Dorothy Stang

Dino e Melander recebendo a Salva de Prata
Eduardo Melander Filho

O presidente do MOGAVE havia preparado um discurso longo para ser proferido durante o recebimento da Salva de Prata do Prêmio Dorothy Stang, categoria Natureza, realizado na Câmara Municipal de São Paulo no dia 03.06.2012, em Seção Solene.

No entanto, os acontecimentos levaram todos homenageados, inclusive o representante do MOGAVE, a simplificar o discurso, dada a informalidade que, espontaneamente, produziu-se na entrega do Prêmio.

O discurso que “deveria ser dito”, pelo fato de ter sido elaborado como explicação do MOGAVE e, muito mais, como constatação do que ele é e para onde ela vai em termos de atuação não é e nem deve ser perdido.

Assim, publicamos neste blog a fim de que seja referência às reflexões sobre o nosso futuro enquanto Entidade.

O TEXTO

“Excelentíssimo Vereador Ítalo Cardoso, que preside a mesa desta solenidade
Demais membros da mesa e autoridades
Companheiros

Senhores

É com muito orgulho que, representando os demais membros da Diretoria, Conselho Fiscal, Associados, Colaboradores e Simpatizantes do MOGAVE, recebo esta Salva de Prata oferecida à nossa Associação Movimento Garça Vermelha, do Prêmio Dorothy Stang.

Orgulho duplo por ter como pares nesta premiação o Senhor David Carlos Antonio, que tem significativa contribuição no campo tecnológico para a melhoria da qualidade de vida das pessoas e também do meio ambiente e o Comitê da Cidade de São Paulo do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, companheiros lutadores que conquistam cada vez mais o respeito e a admiração de toda a sociedade. É uma honra tê-los lado a lado.

Triplo orgulho pelo fato de estarem presentes nesta platéia companheiros que fazem parte da nossa tradição de luta, como os representantes da Agenda 21, Espaço e Instituto Biguá Ecoestudantil, os companheiros do Projeto Memória Operária, ex militantes sindicais, bancários, metalúrgicos, químicos e plásticos e outros que, de uma forma ou de outra, nunca deixaram de atuar em pró às causas sociais.

Também presentes autoridades com quais tivemos relações conflituosas devido à natureza das nossas reivindicações, nem sempre resolvidas e muitas ainda pendentes. Mas é importante ressaltar que, apesar das demandas não atendidas, sempre mantivemos uma relação de respeito, mutuamente. Daí que, embora muitos pudessem estranhar essas presenças, nós não, pois é um reconhecimento da importância das nossas atividades.

Orgulho maior ainda temos todos por saber que a personagem que dá seu nome ao Prêmio é uma heroína naturalizada brasileira que deu sua vida pelo meio ambiente e pelos assentados, assassinada que foi a mando de madeireiros, os maiores depredadores do meio ambiente.

Irmã Dorothy Mae Stang, que já foi definida pelos seus admiradores como uma “mulher comprometida com a justiça, com as causas sociais, com o meio ambiente e com um desenvolvimento responsável” e também de “guerrilheira da paz”, segundo informações do Comitê Dorothy em Defesa da Vida e da organização Canção Nova Notícias, “pertencia às Irmãs de Nossa Senhora de Namur, congregação religiosa fundada em 1804 por Santa Julie Billiart (1751-1816) e Françoise Blin de Bourdon (1756-1838).

Em 1966 iniciou seu ministério no Brasil, na cidade de Coroatá, no Estado do Maranhão. Irmã Dorothy estava presente na Amazônia desde a década de mil novecentos e setenta (1970) junto aos trabalhadores rurais da Região do Xingu.

A sua participação em projetos de desenvolvimento sustentável ultrapassou as fronteiras da pequena Vila de Sucupira, no município de Anapu, no Estado do Pará, a 500 quilômetros de Belém do Pará, ganhando reconhecimento nacional e internacional.

A religiosa participava da Comissão Pastoral da Terra (CPT) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) desde a sua fundação e acompanhou com determinação e solidariedade a vida e a luta dos trabalhadores do campo, sobretudo na região da Transamazônica, no Pará.

Defensora de uma reforma agrária justa e conseqüente, Irmã Dorothy mantinha intensa agenda de diálogo com lideranças camponesas, políticas e religiosas, na busca de soluções duradouras para os conflitos relacionados à posse e à exploração da terra na Região Amazônica.

Irmã Dorothy recebeu”, nos últimos meses de sua vida, “diversas ameaças de morte, sem deixar intimidar-se. Pouco antes de ser assassinada declarou: ‘Não vou fugir e nem abandonar a luta desses agricultores que estão desprotegidos no meio da floresta. Eles têm o sagrado direito a uma vida melhor numa terra onde possam viver e produzir com dignidade sem devastar’.

Dorothy Stang foi assassinada, com sete tiros, aos 73 anos de idade, no dia 12 de fevereiro de 2005, às sete horas e trinta minutos da manhã, em uma estrada de terra de difícil acesso, a 53 quilômetros da sede do município de Anapu, no Estado do Pará, Brasil.

Segundo uma testemunha, antes de receber os disparos que lhe ceifaram a vida, ao ser indagada se estava armada, Ir. Dorothy afirmou ‘eis a minha arma!’ e mostrou a Bíblia Sagrada. Leu ainda alguns trechos das Sagradas Escrituras para aquele que logo em seguida lhe balearia.”

É esta tradição que Dorothy Stang nos deixa como legado: lutar e perseverar, mesmo que o horizonte da vitória pareça distante e impossível de alcançar.

É dentro deste legado que o Movimento Garça Vermelha se insere, agora mais do que antes, pelo peso da responsabilidade que esta premiação nos compromete.

Nosso movimento é pequeno, sem dinheiro e baseado integralmente no voluntariado, com pouquíssimas pessoas atuando em período integral ou semi integral. Mas, apesar disso, é independente e sem vínculos com nenhum interesse, a não ser o da defesa intransigente do meio ambiente, entendendo o homem como integrante pleno da natureza e não como objeto separado. Essas condições nos dão liberdade para confrontar interesses privados e até os do poder público. Importante lembrar que muitas organizações ambientalistas hoje, pelo fato de dependerem financeiramente de particulares ou do poder publico, não raras vezes fecham os seus olhos aos desmandos, criando uma situação de “faz de conta que está tudo certo”. Esse não é o caso da nossa organização.

Nascemos como uma organização de moradores, local, com reivindicações mais ligadas à segurança das pessoas do que propriamente ao meio ambiente. Mas, rapidamente evoluímos tornando-nos uma Associação legalmente constituída e ambientalista, com associados não vinculados a nenhum local específico, pois as questões de fundo que se apresentavam em nossas demandas na época levavam necessariamente a uma só conclusão: muitas das ações públicas (de particulares, do poder público ou parceria público privada), que se apresentam sob a égide da proteção ao meio ambiente, são, na verdade, degradadoras. Também empresas que até ontem eram campeãs da poluição, hoje aparecem como “salvadoras do meio ambiente”. Mas continuam poluindo da mesma forma ou talvez pior.

E é nesse universo de luta que hoje nos inserimos. Conversamos, propomos, denunciamos publicamente e, não raras vezes, encaminhamos essas denúncias ao Ministério Público, ao Parlamento e às Corregedorias. Também participamos de alguns Conselhos como representantes eleitos da Sociedade Civil, como o Conselho Gestor do Parque Jacques Cousteau, Conselho Comunitário de Segurança do Grajaú e, também, na Secretaria do Conselho Regional de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Cultura de Paz da Capela do Socorro.

Temos também nos envolvido na organização de diversos eventos, dentre os quais o Abraço Guarapiranga dos últimos três anos.

Brevemente iniciaremos nossas incursões no campo da Educação Ambiental, que já praticamos extra projeto, e da pesquisa. Temos contatos no Instituto de Biologia da USP e de alunos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – FAU – da USP. Já iniciamos estudos visando projetos de pesquisa para a Represa de Guarapiranga e Billings.

Uma característica marcante do MOGAVE é que, embora seu núcleo mais atuante se aproxime cada vez mais dos conceitos do Ecossocialismo, não tem nenhuma orientação político-ideológica. Vinculamos-nos apenas aos princípios consagrados em nosso Estatuto e aos compromissos de luta. Poderíamos nos definir como uma associação suprapartidária, mas nunca apolítica ou anti-parlamentar. Em nossas fileiras temos simpatizantes de diversos partidos políticos e mesmo de nenhum.

O mais importante, que queremos frisar do MOGAVE: a nossa organização é uma organização de luta e todos aqueles comprometidos com a luta, que se recusam a aceitar a derrota como definitiva e nunca abandonar a luta pela metade, serão bem-vindos, como aliados ou, inclusive, como integrantes do Garça Vermelha.

Queremos crescer em termos de militância para atingir uma gama maior de demandas.

E as demandas são grandes. Temos de intensificar a luta na questão do depósito de material radioativo da Nuclemon, que é uma luta que a Comissão Extraordinária Permanente de Meio Ambiente da Câmara Municipal também vem levando, assim como o Nobre Vereador Ítalo Cardoso, que é Primeiro Secretário desta Casa e preside hoje essa solenidade, que leva essa luta há anos, desde a época de nossa luta dentro dos sindicatos. Há empresas que praticamente, descobrimos recentemente, jogam material tóxico dentro da Guarapiranga. Esses são apenas exemplos.

Enfim, o MOGAVE é isso. Chegamos ao dia de hoje e a este momento por causa de muitas pessoas. Mas, existe um grupo específico, que sem ele, a Associação Movimento Garça Vermelha não existiria. E, numa justa citação, para que seja mantido o registro de seus nomes nos anais desta Casa do Povo, de seus representantes, nomearei um a um:

Dra. Enorá Arone – Presidente do Conselho Fiscal

Sra. Regina Badke Paiva – Vice Presidente Financeira Adjunta

Sr. Carlos Warne Júnior – nosso Vice Presidente Administrativo Adjunto

Sr. Cássio Tramutolla – da Diretoria Executiva

Sr. Dino Mottinelli – nosso Vice Presidente Financeiro

Sr. Jose Alava Ugarte – “nosso representante do país Basco”, do Conselho Fiscal

Sr. Manuel José Gonçalves – do Conselho Fiscal

Sr. Martin Ingo Feldenheimer – Vice Presidente Administrativo

Encerrando, gostaria de declarar que todos nos sentimos muito felizes pelo dia de hoje.

Confesso, pelo prêmio, pela companhia de companheiros do passado e do presente, aqueles que acabamos de conhecer mas que queremos estreitar nossos vínculos, este é um dos dias mais importantes da minha vida.

Achei mesmo que outra pessoa estaria aqui no meu lugar. Mas, felizmente, estamos aqui e pretendemos continuar por muito tempo. Agradeço particularmente aos médicos que possibilitaram essa minha presença, dentre os quais a minha Pneumologista Dra. Fabiana, que está presente neste recinto ao lado de minha mãe e meu pai que acabou de completar noventa (90) anos, mas fez questão de comparecer no dia de hoje.

Em nome a Associação Movimento Garça Vermelha, agradeço a todos vocês.

Muito obrigado

Congratulações Recebidas Pelo MOGAVE Pelo Recebimento da Salva de Prata Dorothy Stang


Recebimento da Salva de Prata em 05/06/2012.

Eduardo Melander Filho

Recebemos várias mensagens de congratulações pelo recebimento da Salva de Prata do Prêmio Dorothy Stang.

Publicamos abaixo algumas delas:

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Caro Melander e amigos do MOGAVE

Ficamos muito felizes ao tomarmos conhecimento da justa homenagem prestada a esta entidade pela Câmara Municipal de São Paulo, que traduz o reconhecimento pelo árduo trabalho desenvolvido pelo MOGAVE em prol do meio ambiente; trabalho este feito com enorme competência e por nós testemunhado.

Nos sentimos honrados com o convite... (...)... reiterando nossos votos de sucesso em vossa incansável e já reconhecida empreitada.

Atenciosamente

Luiz Manguino - Presidente da Diretoria da SBI – Associação Benfeitores de Interlagos

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Eduardo,

Parabéns pelo prêmio recebido! Que você continue esse belo trabalho pela preservação do meio ambiente e que o mesmo traga muita felicidade e realização para você.

Grande abraço da amiga, Maria José

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"Parabéns ao Movimento Garça Vermelha pelo prêmio recebido!

Reconhecimento ao árduo trabalho de mais de dois anos de proteção à Represa de Guarapiranga e seu entorno.

Tenho orgulho em fazer parte desse time incansável, formado por pessoas de bem, engajadas e determinadas.

Um grande abraço a todos que fizeram parte desse movimento!!!"

Júnior Warne – Vice Presidente Administrativo Adjunto do MOGAVE

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Parabéns Movimento Garça Vermelha!!!!!

Lika Warne

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Parabéns aos amigos do MOGAVE

Edgard Dias – Conselheiro Secretário pelo Poder Público do Conselho Regional de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Cultura de Paz da Capela do Socorro – CADES

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Parabenizo o Movimento Garça Vermelha pelo prêmio.

Atenciosamente

Vereador Antonio Carlos Rodrigues

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Prezado Eduardo,

Quero parabenizar a todos do MOGAVE e particularmente a você pela premiação, muito justa e merecida.

Creio que neste mundo que parece estar cada dia pior, a atuação de entidades como o MOGAVE vem fazendo com que a defesa do meio ambiente seja uma exceção e ao longo das décadas recentes venha tendo cada vez mais peso na agenda política e destaque, se tornando prioridade da sociedade e da academia.

Aproveito a oportunidade para colocar a equipe do Projeto Ecossistemas Costeiros do IB-USP, constituída principalmente por pesquisadores, alunos de pós-graduação e alunos de graduação, a disposição do Movimento Garça Vermelha, seja como apoio logístico ou no que mais for necessário.

Meus parabéns e que o prêmio seja estímulo para a continuidade do movimento e facilite a obtenção de novas conquistas.

Prof. Dr. Flavio Berchez - Inst. de Biociências, Univ. de São Paulo

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Bom dia!

Parabéns pelo prêmio e obrigada pelo convite, estarei lá!

Abraços!

Odete de Fátima Borges – Ex Diretora do DG3 da Secretaria do Verde e Meio Ambiente

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Melander,

Receba o meu abraço de fã e de amiga.

Parabéns a todos os envolvidos e, em especial, para você.

Profa. Dra. Claudia Sodré – Faculdade de Psicologia da FMU e Vice Presidente do Instituto Karunã de Ajuda Emergencial às Vítimas de Catástrofes Naturais.

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Parabéns pelas comemorações e premiações."

Professora Elisabete Fernandes – Curitiba – PR

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Parabéns, mais uma vez.. um abraço

Parabéns por mais esta luta.. um abraço,

Walderez Romanelli – Funcionária aposentada do Banco do Brasil

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Olá, amigos...

Parabéns para vocês, com o devido atraso, via e.mail.

Eu, como admiradora destes movimentos e com a certeza da seriedade com que vocês o conduzem...

Marie Kawano – Funcionária aposentada do Banco do Brasil

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"Parabéns Melander e companheiros do MOGAVE!!!"

"Parabéns incansáveis companheiros do MOGAVE!"

Elizete de Souza Almeida – Instituto Biguá Ecoestudantil

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Parabéns querido, você merece!!!!!!!

Roseli Romano

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"Parabéns, pessoal do Mogave, que sempre pensa de forma coletiva para a melhoria da qualidade de vida da região e de SP."

Nina Orlow – Coordenadora das Agendas 21 da Cidade de São Paulo

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"Parabéns, receberam merecidamente, obrigada por existirem em nossa Capela do Socorro e pela luta por um planeta mais equilibrado e gostoso de se viver."

"Muito bom fazer a diferença assim!!"

"Que orgulho de voçês e parabéns mais uma vez!!!!"

Maria Calixta – Conselheira do Conselho Regional de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Cultura de Paz da Capela do Socorro

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"Parabéns! Muito importante esse premio!"

Regina Badke Paiva – Vice Presidente Financeira Adjunta do MOGAVE

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"Parabéns...

nós cidadãos brasileiros devemos muito a vocês pela preservação da nossa natureza...

Celso Álvaro Batista – São Luiz do Maranhão

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"Parabéns... (...) ...a todos os apoiadores do evento.

Vida longa ao MOGAVE!"

Vladimir Melander – Associado Fundador do MOGAVE

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Parabéns...

Antonio Montenegro – Praia Grande – SP

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Parabéns!!! Merecido!

Natalia Pirani Ghilardi-Lopes

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"Parabéns Eduardo Melander Filho, Dino Mottinelli, ao Ítalo Cardoso pela proposição, e também ao Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis. Um grande abraço à tod@s!!"

Mauro Scarpinatti – Rede Mananciais e Espaço Formação e Documentação

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"Parabéns à toda a equipe do Garça Vermelha, um grande abraço!!"

Espaço Formação e Documentação

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Melander,

Bela cerimônia ontem. E muito ágil, muito legal já estar toda a notícia aqui

Sebastião Neto Lopes – Projeto Memória Operária de São Paulo

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Parabéns.

Deus abençoe pelo trabalho pelo amor dedicado a nossa Mãe Natureza

Forte abraço

Marilda Basso Medina

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"Parabéns!!!"

Marcelo Lemos Correia

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Olá Melander,

Parabéns pelo reconhecimento. Sem dúvida isso reflete seu profissionalismo e bom caráter.

Gilmar Barros – Psicólogo do Instituto Karunã de Ajuda Emergencial às Vítimas de Catástrofes Naturais

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"No Dia Internacional do Meio Ambiente, fui prestigiar à entrega do Prêmio Dorothy Stang voltado à defesa do meio ambiente e tecnologias sustentáveis. Uma das três Salvas de Prata foram entregues ao Movimento Garça Vermelha, representados pelo Dino Mottinelli e pelo Eduardo Melander Filho. Tenho certeza que pra todos foi um evento muito gostoso e bonito, meus parabéns aos ganhadores, sobretudo ao reconhecimento do MOGAVE, nosso parceiro de lutas pelos Mananciais!"

Vinícius Almeida – Vice Presidente da Espaço Formação e Documentação, Presidente do Instituto Biguá Ecoestudantil e Conselheiro pela Sociedade Civil do Conselho Regional de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Cultura de Paz da Capela do Socorro – CADES.

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"Um salve geral pra rapaziada do Garça"

Antonio C. Passaty

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Um grande abraço e parabéns a todos que colaboraram.

Prof. Othon Vieira Neto – Faculdade de Psicologia da FMU, Presidente do Instituto Karunã de Ajuda Emergencial às Vítimas de Catástrofes Naturais.

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"Parabéns, Melander !!!"
Bravo!!!!!
Uma bela homenagem em seu discurso, em reverenciar a lutadora Dorothy Stang!

Vanda Serizawa – Crítica de Cinema

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Nossos parabéns!!

Nanci Melo – Funcionária aposentada do Banco do Brasil

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AGRADEÇO DE CORAÇÃO O CONVITE... (...) ...DE QUALQUER FORMA VC MERECE OS PARABÉNS, PESQUISEI A ASSOCIAÇÃO NA INTERNET E ACHEI SUPER LOUVÁVEL A INICIATIVA.

DESEJO QUE VC PERMANEÇA SEMPRE COM ESSA GANA DE PARTICIPAR DOS MOVIMENTOS SOCIAIS E DE LUTAR POR CAUSAS RELEVANTES PRÁ SOCIEDADE, COISA QUE A MAIOR PARTE DA MILITÂNCIA TEM ESQUECIDO, INFELIZMENTE.

UM FORTE ABRAÇO,

Fernanda Marques Rosa – Funcionária da Justiça Federal de São Paulo e militante sindical

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Parabéns, Eduardo Melander.

Abraço

Tom Gil (Vitória, ES) – Associação Nacional dos Professores de História

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PARABÉNS MELANDER.

TENHO ACOMPANHADO, À DISTÂNCIA, O SEU ENVOLVIMENTO COM TRABALHOS NOBRES EM PROL DO SER HUMANO.

UM ABRAÇO,

MARIA HELENA DOS SANTOS – RECIFE – PE

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Camarada Melander...!

Vejo que você está bem e na ativa, fico contente, com isso!

Grato pela lembrança do convite e parabéns pela premiação.

Abraços...

Prof. Dr. Carlos Bauer – Orientador do Curso de Pós Graduação em Educação da Universidade Nove de Julho

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Obrigada pelo convite e meus parabéns é uma homenagem mais do que merecida.

Grande abraço

Lucí Mabe - Instituto Vem Ser Sustentável – Projeto Tacada Cidadã

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Parabéns!

Infelizmente não poderei participar porque moro em Ubatuba.

Apareçam aqui para aproveitar nossas praias. Sou presidente do Instituto da Árvore uma pequena ONG local.

Prof. Rui Grilo – Ubatuba – SP

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Salve Melander, parabéns pela conquista e pelas iniciativas e ações.

Mauro – Teatrês – Oficina de Teatro

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Prezados

Boa tarde!

A homenagem de ontem foi muito linda e cheia de emoções.

Parabéns ao Melander e aos companheiros que sempre lutaram pela igualdade social, pela solidariedade, pela sustentabilidade, pela justiça, pelo direito a vida com dignidade, ou seja, pelos direitos humanos.

Os/as catadores/as também ficaram muito felizes com o evento e se sentiram reconhecidos pelo trabalho árduo que realizam. Os catadores e catadoras de materiais recicláveis são pessoas que exercem o papel de verdadeiros “cuidadores” do meio ambiente, apesar de não serem reconhecidos socialmente e esquecidos pelo poder público.

A “catação” é realizada em péssimas condições de trabalho, de forma subumana. Os/as catadores/as puxam carroças pesadíssimas, sem equipamentos de segurança e proteção individual (como botas, luvas, capas de chuva e protetor solar). Ou seja, as tarefas são realizadas em péssimas condições, com riscos efetivos de transmissão de várias doenças relacionadas à atividade do trabalho. A maioria dos/as catadores/as não tem local para armazenar os materiais recicláveis coletados e tornam-se vítimas da exploração de atravessadores, os chamados “ferro velhos”, que pagam valores baixíssimos. Neste governo atual não há vontade política para resolver as principais questões da coleta seletiva. O município precisa ver a reciclagem como uma política pública fundamental para reduzir os riscos de enchentes e o espaço dos aterros sanitários, além de ser uma alternativa de trabalho para muitas pessoas.

Precisamos somar esforços para São Paulo ter uma coleta seletiva decente, com pelo menos uma central de triagem por distrito, ou seja, 96, quando temos apenas 20.

Conto com vocês nesta luta. Abraços,

Emília de Câmara – Historiadora, ex Diretora do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de São Paulo e Osasco e Educadora Ambiental que trabalha diretamente com os Catadores de Recicláveis.

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"PARABÉNS!!! vocês fazem por merecer..."

Ana Maria De La Iglesia

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Parabéns pelo trabalho

Emília Afrange

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Fico feliz em poder felicitá-lo pelas (...) Vitórias, merecidamente conquistadas através do (...) esforço e dedicação

Eduardo Corá
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Parabéns pelo Prêmio.
Sucesso sempre.

Mara Gennarini – Assistente Social

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Parabéns Melander! Vocês merecem! Fiquei muito contente!

Alexandre Hering

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Parabéns novamente.
Grande abraço

Fabiana Valdoski – Mestre e Doutoranda em Geografia pela USP.

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Amigo querido, parabéns, parabéns.
Vcs. merecem.

Geni Macedo – Empresária

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Caro Melander, parabéns pelo merecido prêmio

Rubens Luna – Arqueólogo e Ambientalista – Teresina – PI

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Ainda não tive a oportunidade de parabenizar o MOGAVE por esse prêmio tão importante.

Priscila Ikematsu – Mestranda em Arquitetura da FAU-USP e grande colaboradora do MOGAVE.

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Parabéns Melander! Vocês merecem! Fiquei muito contente!

Alexandre Hering – Arqueólogo pelo MAE – Museu de Arqueologia e Etnologia da USP.