Destruição da Ecologia do Parque Nove de Julho: Calçadão isola peixes que morrerão

Um calçadão separando área alagada do restante da represa do Guarapiranga: peixes morrerão

Ivone Taiariol

O processo de degradação decorrente dessa intervenção fatídica do poder público é acelerado.

Hoje à tarde, numa visita ao local, pudemos VER, com os próprios olhos, os peixinhos morrerem nos ÁQUARIOS formados pelos muros de concreto das passarelas dentro da represa. As águas baixam um pouco, os peixinhos ficam represados e morrem por não poderem nadar na lama.

Pudemos VER COM OS PRÓPRIOS OLHOS, as pobres aves pernaltas, desnorteadas, acocoradas sobre as passarelas de concreto, construídas sobre seu habitat natural, as matas ciliares, onde antes elas mantinham seus ninhos; pudemos CONSTATAR que as flores de plantas aquáticas tentam FORÇAR CAMINHO por entre as pedras e saibro, ao lado das passarelas e que já não nascem com o mesmo viço que tem suas companheiras livres dentro da água.

Pudemos VER o lixo levado pelas pessoas para as passarelas e dois cães defecando no concreto que avança para dentro das águas da represa.

Pudemos VER COM OS PRÓPRIOS OLHOS a obra da prefeitura CONDUZINDO um córrego de esgoto puro para dentro das águas da represa. O cheiro é insuportável. e este, as fotos não conseguem traduzir.

Tudo ao lado das passarelas de concreto lançado sobre aterros grosseiros construídos em saibro e pedras, misturado com entulho. TUDO VISIVEL a quem quiser VER.
Esses aterros realizados dentro das águas estão escancaradamente assoreando a represa.

HOJE à tarde, CONCRETARAM os suportes de um portão que foi instalado nas imediações do Jardim Sertãozinho.

DO LADO DE DENTRO da cerca, em direção à Vila da Represa, três homens agachados em atitude suspeita exigiam precauções de quem quisesse sair das passarelas em SEGURANÇA.

A ninguém é dado promover tal devastação do meio-ambiente e muito menos ao Estado.
Nossa Represa, um BEM COMUM, está posta em altíssimo risco pelo Poder Público.


NOTA:

Quando as águas da represa do Guarapiranga sobem, os peixes, principalmente os filhotes, passam ao lado alagado que se localiza entre o calçadão e o gradil que cerca o Parque Nove de Julho. Quando as águas descem eles ficam isolados, não podendo voltar, morrendo consequentemente.
O MOGAVE publicou dois vídeos no youtube comprovando essa situação fatídica. Para acessá-los, procurar na coluna da direita desse blog o título “Vídeos de nosso interesse” e clicar nos subtítulos: “Desastre ambiental: Peixes isolados por obras da prefeitura morrerão” e
“Crime ambiental: peixes irão morrer por projeto mal feito pela prefeitura”.

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