Dino e Melander recebendo a Salva de Prata do Prêmio Dorothy Stang
CÂMARA MUNICIPAL DA CIDADE
DE SÃO PAULO
567ª SESSÃO SOLENE (1)
05/06/2012
O SR. PRESIDENTE
(Ítalo Cardoso - PT) - Senhoras e senhores, autoridades presentes, está
aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
A presente sessão
solene destina-se à entrega do Prêmio Dorothy Stang de Humanidade, de
Tecnologia e de Natureza, instituído pela Resolução nº 4/06, pela Câmara
Municipal de São Paulo.
Passo a palavra à
Sra. Cecilia de Arruda, Chefe do Cerimonial do Palácio Anchieta, para a
condução dos trabalhos.
A SRA. CECILIA DE
ARRUDA - Senhoras e senhores, autoridades presentes, boa noite. Sejam todos
bem-vindos à Câmara Municipal de São Paulo.
Por iniciativa do
Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, nobre Vereador José Police Neto, e
da Mesa Diretora, damos início à sessão solene de entrega da 3ª Edição do
Prêmio Dorothy Stang.
Compõem a Mesa as
seguintes autoridades e personalidades: presidindo esta sessão solene, 1º
Secretário da Câmara Municipal de São Paulo, Vereador Ítalo Cardoso; Bruno de
Oliveira, Professor e PHD em Pesquisa pelo Fundo Social de Ciências e
Humanidades de Council - Canadá; Tereza Felipe da Costa, representando as
Catadoras de São Paulo; Irmã Natália, representando o Centro de Convivência
Santa Dorotéia e Dino Mottinelli Filho, diretor do Movimento Garça Vermelha.
(Aplausos)
Convidamos todos
para, de pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro.
- Execução do Hino
Nacional Brasileiro.
A SRA. CECILIA DE
ARRUDA - Registramos e agradecemos a presença das seguintes autoridades e
personalidades: Nina Orlof, Coordenadora da Rede das Agendas 21; Odete de
Fátima Borges, representando a Divisão de Gestão Descentralizada da Secretaria
Municipal do Verde e Meio Ambiente; Robson Thomaz, representando o Secretário
Carlos André Ortiz, da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho do Estado
de São Paulo; Maximiano dos Santos, Presidente da Cooperativa Caminho Certo; Selma
Maria da Silva, representando, neste ato, a Cooperativa Nova Esperança, de São
Miguel Paulista; Paulo Renato dos Prazeres, Diretor da Coopergral; Ariston da
Silva, Diretor da Escola Gaivotas 3; Mauro Scarpinatti, representando a ONG
Espaço - Formação, Assessoria e Documentação; Julie Aparecida Reiche,
representando o Departamento de Participação da Secretaria Municipal do Verde e
do Meio Ambiente; Vinícius Almeida, representante do Instituto Biguá Eco
Estudantil; Sebastião Neto, do Projeto Memória Operária e Renata Ribeiro
Patrocínio, Vereadora do Parlamento Jovem da Gestão 2011 da Escola Gaivotas 3 a
quem convidamos para integrar a Mesa dos trabalhos. Agradecemos a todos os
representantes de cooperativas de catadores presentes.
Acusamos, ainda, o
recebimento das mensagens cumprimentando-nos pelo evento, dos Srs.: Geraldo
Alckmin, Governador do Estado de São Paulo; Gilberto Kassab, Prefeito da Cidade
de São Paulo; Alda Marco Antonio, Vice-Prefeita da Cidade de São Paulo;
Deputado Barros Munhoz, Presidente da Assembléia Legislativa do Estado de São
Paulo; Deputado Estadual Enio Tatto; Vereador José Police Neto, Presidente da
Câmara Municipal de São Paulo; Desembargador Newton de Lucca, Presidente do
Tribunal Regional Federal da 3ª Região; Edson Simões, Conselheiro-Presidente do
Tribunal de Contas do Município de São Paulo; Coronel PM Benedito Roberto
Meira, Secretário-Chefe da Casa Militar; Giovanni Guido Cerri, Secretário de
Estado da Saúde; Marcelo Araújo, Secretário de Estado da Cultura; Bruno Covas,
Secretário de Estado do Meio Ambiente; Mônika Bergamaschi, Secretária de
Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo; Linamara Rizzo Battistella,
Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo;
Cláudio Lembo, Secretário Municipal dos Negócios Jurídicos; Edsom Ortega
Marques, Secretário Municipal de Segurança Urbana; Carlos Augusto Calil,
Secretário Municipal de Cultura; Antonino Grasso, Secretário Municipal da
Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida; Dráusio Barreto, Secretário
Municipal de Serviços.
Também enviaram as
suas mensagens os nobres Vereadores: Abou Anni, Adilson Amadeu, Arselino Tatto,
Chico Macena, Claudio Prado, Claudinho de Souza, Dalton Silvano, Domingos
Dissei, Dr. Milton Ferreira, Gilberto Natalini, Paulo Frange, Quito Formiga,
Toninho Paiva, Ushitaro Kamia e Wadih Mutran.
O Prêmio Dorothy
Stang de Humanidade, Tecnologia e Natureza é destinado às pessoas físicas e
jurídicas que promovam o desenvolvimento do ser humano por meio de programas e
projetos de educação ambiental, de tecnologias ambientalmente positivas e de
preservação e conservação do meio natural.
Foi criado com a
finalidade de homenagear a missionária Dorothy Mae Stang, que dedicou sua vida
à luta pela inclusão dos pequenos trabalhadores rurais e à luta pela
preservação da floresta.
A religiosa ajudou a
fundar a primeira escola de formação de professores na Rodovia Transamazônica:
a Escola Brasil Grande.
Participava
ativamente da Comissão Pastoral da Terra e da Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil. Pelo seu desempenho na luta em defesa dos direitos humanos recebeu
vários prêmios.
A vida da
missionária norte-americana, naturalizada brasileira, foi interrompida aos 73
anos, em fevereiro de 2005. Seus opositores calaram sua voz, mas não seus
ensinamentos.
Neste momento,
anunciamos as palavras do Presidente desta sessão solene, nobre Vereador Ítalo
Cardoso.
O SR. PRESIDENTE
(Ítalo Cardoso - PT) - Boa noite, senhoras e senhores, companheiras e
companheiros, saúdo o Professor Bruno de Oliveira, que faz aquele mosaico que é
a verdadeira forma de falar do povo. Seja muito bem-vindo.
Cumprimento Tereza
Felipe Costa, representando os catadores e catadoras da cidade de São Paulo;
Irmã Natália, do Centro de Convivência Santa Dorotéia, que não queria falar,
mas pedi que falasse, um pouco, sobre o legado da Irmã Dorothy; Sr. Dino
Mottinelli, Diretor do Movimento Garça Vermelha, também frequentador assíduo
desta Casa e Renata Ribeiro, Vereadora do Parlamento Jovem da Cidade de São
Paulo.
Esse Prêmio foi
instituído por um ato da Mesa da Câmara Municipal, para premiar pessoas físicas
e jurídicas que se destacam na luta ambiental nas mais diferentes frentes, na
cidade de São Paulo. O prêmio tem o nome de uma pessoa que deu a sua vida por
aquilo que mais acreditava, que é a defesa do meio ambiente, a educação dos
povos, e foi só por isso que resolveram calar a voz de Irmã Dorothy.
Ainda hoje, os
movimentos ambientalistas lutam para manter, na cadeia, os responsáveis:
aqueles que mataram e os que mandaram matar. Não adianta punir só o pistoleiro
que deu o tiro. Tem de haver punição para aquele que pagou o pistoleiro, porque
esse é o maior criminoso.
Fico feliz que a
Câmara Municipal tenha instituído no dia 5 de junho, que é o Dia Mundial do
Meio Ambiente, o dia desse prêmio. Neste ano, o Brasil será, mais uma vez, a
sede da festividade mundial.
A última vez em que
o Brasil sediou esse evento, pela ONU, foi na Eco 92. Neste ano, devido a
Rio+20, o Brasil sediará as movimentações dessa festividade. O tema será
Economia Verde e a pergunta é se ela te inclui. Hoje, no Rio de Janeiro, em
Brasília, em várias partes do mundo, foram realizadas várias manifestações.
Portanto, devemos
nos lembrar desse dia, que não é um dia só dos povos, não é dia só da cidadã e
do cidadão. Mas é o dia, principalmente, dos governantes e dos empresários.
Parece que aqueles que mais poluem, no mundo, são os que mais exigem.
Se os Estados Unidos
fizessem a metade do que exigem que os outros façam para preservar o meio
ambiente, nós viveríamos no melhor dos mundos.
Então hoje não é
um dia qualquer, mas motivo de muito orgulho conceder o Prêmio Dorothy Stang as
três entidades. Duas estão presentes, uma representa os catadores. Nos últimos
quatro anos aprendi muito com esse pessoal, vocês não têm idéia. Lido com essa
questão desde quando era diretor do Sindicato dos Químicos e sempre falávamos
sobre isso, mas cada vez que lido com eles descubro mais. Há duas formas de
fazer a luta ambiental, fazendo na prática como eles fazem ou escrevendo belos
livros.
As duas formas
são importantes, mas quero dizer que aprendi sobre a importância do dia a dia,
do trato, e a importância que esse segmento representa para a vida na cidade de
São Paulo. Não é pouca coisa. Outro dia, numa atividade nesta Casa, fiquei sem
jeito. O representante da FIESP falava que a Prefeitura aprovou uma lei que
exige que façamos a reciclagem de 90% do material que produzimos e a Prefeitura
não consegue reciclar 1%. E se a Prefeitura recicla 1%, se ainda pode colocar
isso na estatística - chegam a dizer que reciclam 8%, mas sabemos que não passa
de 1% - é por causa das cooperativas. Ai da Prefeitura se não fossem as
cooperativas e os autônomos.
Nossa luta, nos
últimos três anos, junto às cooperativas é para que a Prefeitura os enxergue e
reconheça o trabalho que fazem, porque sequer conseguem ser credenciados pela
Prefeitura, sequer conseguem ser reconhecidos como trabalhadores, não conseguem
programas, incentivos para cuidar da saúde, que os valorizem pela grandeza do
trabalho que desenvolvem.
Então este ano
resolvemos homenagear os catadores e as catadoras de São Paulo. Domingo,
inclusive, participaram de um evento de encher os olhos, no Vale do Anhangabaú.
Estavam presentes o Bruno e as Sras. Tereza, Célia e Selma e muitos catadores,
muitos que estão aqui hoje estavam lá. Foi uma forma diferente, porque estavam
presentes jovens universitários mostrando e dando a sua contribuição e estavam
lá os catadores mostrando porque é preciso e importante reciclar.
Quero dizer que hoje
vamos entregar este prêmio ao segmento dos catadores, representado pelo
Movimento Nacional dos Catadores, que é uma forma simples da Câmara Municipal
reconhecer esse trabalho importante que eles desenvolvem, não só na cidade de
São Paulo, mas onde há uma roda de pessoas discutindo a questão ambiental lá
eles estão para saber de quem faz. Não vão saber de quem só estudou, mas nunca
pôs a mão na massa para saber como é na prática.
Outro segmento que
vamos homenagear é o Movimento Garça Vermelha. Há pouco mais de um ano fui
surpreendido no meu gabinete por uma pessoa que conheço há, pelo menos, 20
anos. Sempre a via em greves, piquetes, nos movimentos dos bancários,
metalúrgicos, químicos, na luta para melhorar a condição de vida. Organizou
muitas oposições sindicais e foi Diretor do Sindicato dos Bancários. Então um
dia o Melander veio ao meu gabinete e pensei que ele ia discutir alguma
oposição, algum boletim para algum sindicato, mas não, disse que era do Mogave.
Perguntei: o que é isso? Ele pacientemente me explicou não só o que significa
garça vermelha, porque eles moram num canto na cidade de São Paulo, às margens
da Represa Guarapiranga, e talvez só em São Paulo ainda exista essa espécie de
garça, e ela fica vermelha porque come um determinado tipo de alga que lhe dá
uma coloração avermelhada.
O Movimento Garça
Vermelha surgiu porque a Prefeitura estava fazendo uma benfeitoria no bairro em
que moram, queriam fazer uma passarela sobre a Represa Guarapiranga. Na cheia
cobria a passarela, trazia peixes, mas na vazante ficava aquela lagoa, ela
simplesmente separava e os peixes morriam. Fizeram isso sem consultar a
população, ambientalistas e moradores, achando que estavam realizando um grande
feito, mas se deram mal, porque esse grupo se mobilizou de tal forma que
conseguiu barrar na Justiça, na ação concreta com abaixo-assinado, a execução
daquela obra e de outra obra que se fazia na região.
Hoje não há um
movimento na região Sul de São Paulo em que o Mogave - Movimento Garça Vermelha
não esteja junto. Foi o irmão mais novo do Movimento Espaço, dirigido pelo
Mauro Scarpinatti, um dos criadores do Abraço Guarapiranga. Com certeza, o
Movimento Garça Vermelha veio para se juntar, somar e tem dado exemplo de
mobilização, seriedade e certeza do que quer.
Então achei
importante e os Vereadores aceitaram a proposta de também homenageá-los, porque
é preciso que eles tenham vida longa pela firmeza do trabalho que estão
desenvolvendo. Com certeza, muita gente já está aprendendo com eles a fazer a
luta nos tribunais, nas câmaras municipais, mas também na rua quando for
preciso.
Infelizmente, o
David não está aqui hoje, ele é dono de uma empresa que fabrica bicicletas. Em
São Paulo falam todos os dias em bicicletas como uma nova modalidade de
transporte, ciclovias na Paulista, na região Sul, mas há um contrassenso porque
todos os dias vêem com festa, por exemplo, a notícia de que a Presidente Dilma
reduz tantos por cento do IPI de automóveis e mais não sei quanto no
combustível. Como vamos reduzir o número de carros desse jeito? Qual é o
incentivo, já que falamos tanto de bicicletas? Então que se reduza o IPI e os
impostos para bicicletas, para o fabricante poder contratar mais funcionários,
para poder incentivar.
É verdade que não
conseguimos mais andar nessa Cidade por vários motivos. É verdade também porque
o Governo não para de incentivar todo mundo a comprar carro e não se mobiliza
para construir transporte de massa. O Chile começou a construir o seu Metrô
muitos anos depois de nós, já tem hoje uma malha inteira montada, maior e
melhor do que a nossa. Então pensei em dar uma cutucada premiando esse
empresário - o David -, porque como ele muitos outros tentam manter uma
empresa, e queremos que muitas bicicletas sejam produzidas nessa cidade.
Infelizmente, não
foi desta vez, mas fica registrado o nosso reconhecimento e a homenagem a esse
setor que precisa de fato ser reconhecido. Já que todos entendemos que se trata
de modalidade nova, diferente de se transportar, e ecológica, que não polui,
por que não lhe dar incentivos? Vamos baratear a construção da bicicleta.
Assim, garanto que não vamos ter, por aí, tanto "made in China"
rodando nas ruas da Cidade. Vamos fazer bicicletas em São Paulo.
Creio que, com esta
iniciativa, a Câmara Municipal faz um pouco a sua parte. Eu havia me preparado
para falar um pouco sobre a Irmã Dorothy, mas a Irmã Natália dará conta disso,
com certeza. O que é importante ressaltar é que, cada vez mais, cresce o legado
de Irmã Dorothy. Cada vez mais, cresce o número daqueles que aprenderam com ela
a dar os primeiros passos na luta pela preservação do verde, na luta pelo
direito de trabalhar, na luta pela preservação da vida. Quando Irmã Dorothy
estava viva, poucos sabiam do trabalho que ela desenvolvia no Nordeste do País.
Depois que lhe tiraram a vida, parece que ela se multiplicou.
Queremos lembrar
essa mulher, essa missionária que deu, sim, sua vida por algo em que
acreditava. Tenho certeza de que cada um dos presentes hoje acredita no que
está fazendo e que o problema do meio ambiente, teremos de resolver fazendo, e
não somente achando que o outro é que deve fazer. Devemos fazer a nossa parte
até para que o outro se espelhe em nós como um exemplo, e não me só aos
Governos, mas a todos os cidadãos.
Agradeço a presença
de todos, pois dignifica muito a Câmara Municipal de São Paulo entregar esse
prêmio a dois grupos que parecem estar em pólos opostos, mas não estão. A luta
do Movimento Garça Vermelha é a mesma luta dos catadores, é a mesma luta
daqueles que querem que tenhamos mais bicicletas, mais verde, mais respeito à
vida.
Agradeço ao Bruno
pelo apoio que ele vem dando, com sua lógica de vida, com sua arte, não só
ajudando muito os catadores como também ajudando a abrilhantar nossas
atividades; e agradeço a todos os demais que não citei. Um grande abraço.
(Palmas) (2).
A SRA. CECILIA DE
ARRUDA - Convidamos, para seu pronunciamento, o Professor Bruno de
Oliveira.
O SR. BRUNO
DE OLIVEIRA - Boa noite. Muito obrigado pelo convite. É uma honra enorme
dividir espaço nesta Mesa com D. Tereza. A senhora não sabe o quanto a sua
história transformou minha vida. Precisamos contar sua história para também
modificar outras tantas vidas.
Agradeço a
participação de vocês no nosso recadozinho para o Rio de Janeiro. O que deverá
acontecer é que chegarei em casa e trabalharei um pouco com spray para que
minha obra fique um pouco parecida com esta aqui, que deveremos levar para o
Rio de Janeiro. Estamos com um estande na Cúpula dos Povos e trabalhamos também
com o pessoal do movimento dos catadores. No Rio de Janeiro, desenvolveremos a
mesma atividade, só que, dessa vez, relativa à resposta à carta que estamos
mandando. Depois, organizaremos algum outro evento para lermos a resposta do
Rio e Janeiro, que seria muito bom se houvesse.
Para situar vocês,
esse é um trabalho financiado pelo Governo canadense e pela Companhia de
Desenvolvimento Internacional do Canadá, e faz parte do meu doutorado no
Department of Visual Arts, da University of Victoria, do Canadá. Dentro desse
departamento, temos desenvolvido algumas técnicas de pintura que fazem com que
uma pessoa que nunca na vida segurou um pincel consiga pintar em um dia um
quadro como este que vocês estão vendo. O primeiro momento do trabalho é o
desenvolvimento dessas técnicas de pintura. O segundo momento é a própria
aplicação das técnicas, que fazemos durante as oficinas. O terceiro momento é a
formação de multiplicadores; é fazer com que pessoas como a Selma e a Luzia,
por exemplo, aprendam a fazer esses quadros, pois essas pinturas incorporam
materiais recicláveis. Se não há uma tinta profissional, que é cara,
substituímos por outra, e o mesmo fazemos com outros materiais. A Luzia aprende
essa técnica e, quando voltar para Bogotá, na próxima conferência de catadores,
poderá fazer lá essas oficinas, transformando-se numa multiplicadora desse
conhecimento, não deixando que ele morra. O quarto momento é a comercialização
dessas telas. Será que conseguimos vender essas telas? Será que o pessoal tem
interesse? Parece-me que tem havido.
Esse é o nosso
trabalho. Se alguém tiver dúvidas, mais tarde poderemos saná-las, pois
ficaremos por aqui. Muito obrigado novamente pela participação de vocês.
(Palmas)
A SRA. CECILIA DE
ARRUDA - Convidamos, para seu pronunciamento, a Sra. Tereza Felipe da
Costa.
A SRA. TEREZA
FELIPE DA COSTA - Boa noite. Sou catadora de materiais recicláveis. Estou
em São Paulo desde 1962. Logo que cheguei, morei na rua por três anos até
conseguir um terreno onde me estabeleci com outras famílias. Aí, veio a
Ditadura, aquela fase em que ninguém podia falar ou fazer nada. Mesmo assim, eu
já estava na rua catando com as famílias e algumas crianças. Naquela época, não
existia tanto material reciclável como hoje, mas as casas tinham jardins.
Mexíamos na terra, fazíamos jardins, e alguma coisa que sobrava, pegávamos - eu
e algumas famílias - para vender. Esse era o nosso porta a porta, morando na
rua, pedindo serviço e fazendo jardins. Era difícil porque quando nos
perguntavam "Onde você mora?", para que pudéssemos entrar nas casas e
fazer os jardins, não tínhamos endereço para informar. Assim vivemos um bom
tempo, eu e umas dez famílias, até conseguirmos dinheiro para comprar esse
terreno onde vivemos hoje com as crianças e os adolescentes. Lá se vão 40 anos.
Hoje lá existem moças e rapazes que não são catadores, que estudaram e se
formaram; mas continuo catadora, continuo na rua trabalhando com material
reciclável.
Representamos as
mulheres catadoras de material reciclável porque temos uma grande tarefa. Além
de sermos catadoras, temos também que cuidar dos filhos, da casa, levar todos
para a escola. Ensinamos as crianças, respeitamos as famílias e o meio
ambiente.
Não tenho muito que
dizer, porque os companheiros catadores presentes sabem do que estou falando.
Dou graças porque, de vez em quando, recebemos um presente dos céus - ou de
quem quer que seja -, como esta Mesa, que tem tanta gente bacana. O Bruno,
então, é um presente dos céus, assim como todo mundo aqui! Como eu não tenho
casa, o Bruno foi até a casa onde as crianças vivem, no Jardim Nazaré, que é, na
verdade, uma associação que abriga pessoas em situação de rua e catadores. Há
40 anos ela foi fundada e até hoje tem a função de acolher essas pessoas,
preservar o ambiente e preservar a vida na catação. Assim, representamos os
catadores e as catadoras de materiais recicláveis.
Isso tudo é a vida,
e temos que preservar a vida e o meio ambiente onde vivemos. Não por acaso,
hoje é o Dia Nacional do Meio Ambiente, mas a preocupação com o meio ambiente
tem que ser todo dia.
Há outra coisa que
eu não poderia deixar de dizer. Há muitos anos, quando cheguei a São Paulo,
falava-se muito das freiras aqui no centro. Havia a Irmã Regina e, do outro
lado, a Irmã Raquel. Quando eu estava no Centro, correndo com as crianças, lá
no Jardim Nazaré havia outra freira que me ajudava com as crianças. Naquela
época, não tinha Conselho Tutelar, não tinha o Estatuto da Criança e do
Adolescente; então, quando eu estava com as crianças no Centro, eu era presa.
Mas, como não tinha lei, não tinha aonde levar as crianças, e eu não podia ir
presa. Daqui eu ligava para a Irmã Raquel e pedia: "Cuida da Igreja São
José para mim, que eu estou sendo presa, daqui a pouco chega alguém com as
crianças e eu saio". Aí, eu tinha que explicar para as pessoas o que eu
estava fazendo na rua. Hoje, graças a Deus, esses 40 meninos e meninas estão
ajudando a gente. Eles são outra geração, não estão tendo filhos um atrás do
outro. Os filhos deles não estão sendo deixados para trás, e eles não moram na
casa, cada um tem seu próprio espaço. Eu é que continuo lá com as crianças, com
os adultos em situação de rua e com os catadores. Temos lá um casal de
catadores idosos, que antes morava na Cooperativa Nova Esperança, mas foi
despejado pela CDHU. Ou levávamos o casal para casa, ou a cooperativa fechava.
Nós os levamos, e eles continuam trabalhando até hoje na cooperativa.
A associação é uma
casa aberta 24 horas por dia. Quem for até lá será recebido, não importa a
hora. Essa é a contribuição de nós catadores. As pessoas me conhecem na rua, me
conhecem no Jardim Nazaré e em tantos outros cantos. Em cada um dos catadores e
das catadoras há um pouco da gente.
Hoje eu fui pega de
surpresa, nem sabia que estaria aqui falando. Obrigada. (Palmas)
A SRA.
CECILIA DE ARRUDA - Convidamos, para seu pronunciamento, a Irmã Natália.
A SRA. NATÁLIA
- Boa noite. Não costumo falar para uma assembléia como esta, não estava
preparada. Então, sinto meus joelhos tremendo. Sou a Irmã Natália, italiana de
nascimento, e trabalho na periferia do Grajaú, no Jardim Eliana. Ali temos um
centro de convivência para menores. Depois, o nosso apresentador oficial irá
falar sobre o centro.
Então, emocionou-me
quando me falaram que o prêmio era em nome da Irmã Dorothy, porque não podemos
esquecê-la. Eu sou Dorotéia e ela era Dorothy. Eu sou italiana e ela era
norte-americana. Eu sou de Veneza e ela era uma irmã da Congregação das Irmãs
de Notre Dame. A vida religiosa, no entanto, é vivida da mesma forma, e os
anseios e os desejos de trabalhar com o povo a animavam e estão animando também
as Irmãs Dorotéias.
Quando fiquei
sabendo da morte da Irmã Dorothy, chorei, mas também pensei que o sangue dos
mártires também é semente de vida nova. Como Jesus nos ensinou, é preciso
morrer para doar a vida, para ter vida nova, e Dorothy sabia que estava indo na
contramão. Mesmo assim, continuou defendendo as pessoas pequenas, aquelas que
ninguém defendia. Ela colocou seu corpo e sua alma a serviço dessas pessoas e
com muita inteligência, porque o que ela realizou não foi um trabalho qualquer,
tanto que está frutificando pelas mãos das próprias irmãs e de pessoas que
acreditam nesse tipo de trabalho.
Para que a justiça e
os direitos humanos triunfem, o trabalho tem de ser de todos, não só da Irmã
Dorothy. Todos nós somos chamados a viver com a mesma garra e a não ter medo de
ninguém, porque nunca estamos sozinhos na escolha.
Admiro muito a Dona
Tereza, a catadora, que conheci hoje. O seu trabalho é de conservação e um
exemplo para o povo brasileiro, que é, sim, um pouco descuidado e desorganizado
e deve ser mais bem preparado e educado, porque a rua, o espaço público é de
todos nós. A criança cresce com essa atitude, que não é boa e não prepara o
cidadão do amanhã.
O exemplo da Irmã
Dorothy de doar a vida para o outro, para que a outra pessoa possa viver melhor
tem de estar dentro de todos nós, não importando quem somos, se somos mães,
pais ou pessoas dedicadas à vida pública, como muitos de vocês aqui, cujo
trabalho é lindo demais. Então, é dever de todos defender os direitos humanos e
não calar a boca. Gritamos tanto quando o futebol brasileiro ganha, fazemos um
silêncio total quando ele perde. As vitórias e as perdas acontecem todos os
dias e devemos sempre contar com isso.
Já tenho certa
idade, mas amo a vida, que tem de ser vivida de verdade, como a Irmã Dorothy
fez, colocando-se a serviço do próximo, de todo o coração. Por vivermos uma
vida religiosa, nós irmãs não somos meias mulheres, não somos mulheres que não
entendem a realidade que está ao nosso redor. Pelo contrário, somos muito mais
mulheres, porque Jesus se entregou a nós e nós nos entregamos a ele. Somos
totalmente dedicadas ao bem dos outros. Isso não é bonito?
Aos 73 anos, Irmã
Dorothy nos ensinou que vale a pena viver e morrer em prol de uma causa, como
ela fez, tanto que o trabalho iniciado por ela continua dando bons frutos. O
seu sangue é a semente desses bons frutos.
Obrigada. (Palmas)
A SRA. CECILIA DE
ARRUDA - Convidamos, para o seu pronunciamento, o Sr. Dino Mottinelli
Filho.
O SR. DINO
MOTTINELLI FILHO - Boa Noite. Pertenço ao Movimento Garça Vermelha e
gostaria de agradecer a distinção de tão importante prêmio. Foi uma surpresa.
Não começamos essa briga, não fazemos um trabalho para receber prêmio, mas é
muito gostoso ser reconhecido, ainda mais por meio de um prêmio dessa envergadura.
Estou muito contente e orgulhoso.
Brigar pelo meio
ambiente é bem complicado. Não tenho muita experiência nisso, mas, apesar de
termos certeza de que estamos fazendo a coisa certa, normalmente somos chamados
de "ecochatos" ou acusados de atrapalhar o progresso. É bem
complicado mesmo.
Somos a prova viva
de que dá para fazer alguma coisa. Somos meia dúzia de velhos chatos que se
juntaram e armaram uma grande encrenca, mas estamos conseguindo reverter muita
coisa. Por isso, a todos aqueles que acreditam em algo, um conselho: vão fundo.
Aproveito a
oportunidade para parabenizar os catadores. O trabalho de vocês é muito legal.
Particularmente, sempre o admirei muito e hoje estou tendo a oportunidade de
dar os parabéns a todos. É um trabalho nobre e necessário.
Obrigado. (Palmas)
(3).
A SRA. CECILIA DE
ARRUDA - Convidamos, para o seu pronunciamento, a Vereadora Jovem Renata
Ribeiro Patrocínio.
A SRA. RENATA
RIBEIRO PATROCÍNIO - Boa noite. Agradeço ao Vereador Ítalo Cardoso por
mostrar a todos os jovens que podemos lutar pelo meio ambiente e que, mesmo
morando no extremo Sul da Cidade, temos força para lutar democraticamente a fim
de preservar os mananciais para as futuras gerações.
Apresentei nesta
Casa um projeto que versa sobre o meio ambiente e, graças a ele, fui escolhida
e diplomada Vereadora. O trabalho que está sendo realizado é muito bonito e
importante porque tem como lema a natureza, que é a base da nossa vida. Então,
se houver reciclagem, preservaremos a natureza e, sendo ela preservada, a nossa
vida também será.
Estamos fazendo um
bem para receber outro.
Agradeço ao diretor
da minha escola e a todos os presentes a oportunidade.
Obrigada. (Palmas)
A SRA. CECILIA DE
ARRUDA - Desde 1995, uma comunidade italiana e religiosa, a Congregação das
Irmãs Mestras de Santa Dorotéia, vive e trabalha na região do Grajaú, no
extremo Sul de São Paulo. Nesse período, as Irmãs, em colaboração com um grupo
de mulheres, deram vida ao Centro de Convivência Santa Dorotéia. Essa
instituição é um espaço educativo que acolhe hoje 130 jovens de ambos os sexos,
entre 10 e 17 anos de idade. A Irmã Ana Maria de Plácido é a responsável pela
condução da instituição, que conta com a colaboração de 30 voluntários, entre
educadores e monitores, que se alternam durante o dia.
Sob a direção da
professora Marli da Penha Sousa, nove jovens dessa instituição apresentarão
agora um balé denominado Floresta.
Convidamos, para uma
apresentação, o Grupo de Dança Santa Dorotéia.
- Apresentação de
dança.
A SRA. CECILIA DE
ARRUDA - Registramos e agradecemos a presença dos Srs: Vinícius Almeida,
representante do Instituto Biguá Eco Estudantil; Sebastião Neto, do Projeto
Memória Operária.
A Câmara Municipal
de São Paulo agradece a comissão julgadora pelo empenho e dedicação na
avaliação das indicações do 3º Prêmio Dorothy Stang. Foram utilizados como
critérios para o julgamento: na Categoria Humanidade, iniciativas que visam ao
desenvolvimento do ser humano por meio da educação ambiental; na Categoria
Tecnologia, iniciativas que visam ao desenvolvimento de tecnologias
ambientalmente positivas; na Categoria Natureza, iniciativas que visam à
preservação e à conservação do meio natural.
Neste momento, os
integrantes da Mesa iniciarão a entrega de prêmios aos homenageados. (Pausa)
Convidamos, para
receber a Salva de Prata na Categoria Humanidade, o Sr. Eduardo Ferreira de
Paula, representando, neste ato, o Comitê da Cidade de São Paulo do Movimento
Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis.
- Entrega de
homenagem ao Sr. Eduardo Ferreira da Paula, sob aplausos.
A SRA. CECILIA DE
ARRUDA - Convidamos, para um breve pronunciamento, o Sr. Eduardo Ferreira
de Paula.
O SR. EDUARDO
FERREIRA DE PAULA- Boa noite. É um prazer imenso receber este prêmio. Que
esse seja o primeiro de muitos, porque cada prêmio recebido faz a categoria dos
catadores ficar ainda mais forte. Este prêmio é pela luta da organização dos
catadores, a luta pelo direito à vida, pelo direito à Cidade e pelo direito às
políticas públicas, porque nós catadores queremos estar incluídos em tudo o que
acontece nesta cidade. Poucos são os vereadores que empunham a nossa bandeira,
mas esses poucos são parceiros de verdade tanto dos catadores como do
movimento. Um desses parceiros é o Vereador Ítalo Cardoso, um dos que mais
colaboraram pela nossa inclusão em prol de melhorias.
Este, portanto, não
é um prêmio só do nosso movimento, mas de todo mundo. Por isso, temos a honra
de dividi-lo com todos os parceiros que nos apóiam. Este prêmio é nosso.
Obrigado. (Palmas)
A SRA. TEREZA
FELIPE COSTA- Não tenho muito o que dizer além de agradecer, principalmente
àqueles que farão de fato fazer valer a lei do resíduo. Nós catadores precisamos
dessa lei do nosso lado e do Vereador Ítalo, que sempre nos ajudou muito e,
tenho certeza, continuará nos ajudando, porque não adianta ter lei, ela tem de
ser cumprida.
Catador também precisa
ser remunerado pelo serviço prestado. Quando isso acontecer, melhorará e muito
a nossa situação, porque hoje fazemos três tipos de trabalho: tirarmos o lixo
da rua, o separamos e o vendemos, só para depois termos o nosso sustento.
Queremos continuar fazendo isso, mas queremos ser remunerados pelo nosso
serviço, pelas toneladas de lixo reciclável que separamos.
Era o que eu tinha a
dizer. Obrigada. (Palmas)
A SRA. CECILIA
DE ARRUDA - Na Categoria Tecnologia, o Sr. David ele posteriormente.
Convidamos, para
receber a Salva de Prata na Categoria Natureza, o Sr. Eduardo Mellander Filho,
que representa, neste ato, o Movimento Garça Vermelha.
- Entrega de prêmio
ao Sr. Eduardo Melander Filho, sob aplausos.
A SRA. CECILIA DE
ARRUDA - Convidamos, para um breve pronunciamento, o Sr. Eduardo Melander
Filho.
O SR. EDUARDO
MELANDER FILHO - Boa noite. Escrevi um discurso quilométrico, mas falarei
de improviso mesmo.
Minha felicidade é
imensa por vários motivos. Primeiramente, por ter o trabalho reconhecido. Somos
uma associação muito jovem, de quase dois anos, e receber um prêmio dessa
envergadura não é qualquer coisa. Creio que, a partir de agora, para a nossa
organização, isso será como um marco que modificará as nossas vidas para
sempre.
É um orgulho duplo
para nós estarmos sendo homenageados junto com os catadores de recicláveis. É
uma honra imensa; nem queiram saber como estamos nos sentindo. E vamos
trabalhar juntos. (Palmas)
Pessoalmente, estou
revendo velhos rostos e isso nos faz refletir, porque no nosso movimento há
pessoas com todas as opções políticas possíveis, mas, tenham certeza, se o
movimento caminhou para o que é hoje, é porque, no mínimo, tem alguma tradição
política, alguma prática de luta. Fico contente de ver velhos companheiros,
como o Ítalo Cardoso, com quem fui militante de uma organização revolucionária
de esquerda, marxista. Não devemos nunca renegar esse nosso passado; pelo
contrário, ele tem de ser reafirmado. Por isso, nunca deixamos de lutar e vamos
continuar lutando.
É um triplo orgulho
receber um prêmio com o nome de Dorothy Stang, conhecida como a guerrilheira da
paz e que morreu por isso, que pagou com a vida por aquilo que acreditava. É
uma honra muito grande.
Particularmente,
devo agradecer a algumas pessoas, principalmente porque não achava que estaria
aqui para receber este prêmio. Agradeço à Dra. Fabiana, médica pneumologista
que me ajudou a estar vivo para estar aqui neste momento. Agradeço também a
todos os meus companheiros de greves; aos do sindicato; ao Neto, do Movimento
de Oposição Sindical Metalúrgica de São Paulo, dentre outros. Enfim, são velhos
tempos.
Obrigado a todos,
gente. (Palmas) (4).
A SRA. CECILIA DE
ARRUDA - Para o encerramento desta solenidade, tem a palavra o Sr.
Presidente, nobre Vereador Ítalo Cardoso.
O SR. PRESIDENTE
(Ítalo Cardoso - PT) - Na figura de Cecilia Arruda, agradeço ao Cerimonial
desta Casa e a todos agradeço a presença. Tenham uma boa noite (5).
Está encerrada a
sessão.
REFERÊNCIAS
1-
567ª Sessão Solene. Diário Oficial do Estado de São
Paulo, São Paulo (DOSP), 01 nov 2012. Cidade, p. 95 e 96.
2-
Para acessar a gravação em vídeo do pronunciamento do
Vereador Ítalo Cardoso, procurar na coluna à direita deste blog o título
“Vídeos de nosso interesse” e clicar no subtítulo “Mogave recebe Prêmio Dorothy
Stang – Vereador Ítalo discursa”.
3-
Para acessar a
gravação em vídeo do pronunciamento do Dino Mottinelli, procurar na coluna à
direita deste blog o título “Vídeos de nosso interesse” e clicar no subtítulo
“Mogave recebe Prêmio Dorothy Stang – Dino fala sobre a entidade”.
4-
Para acessar a gravação em vídeo do pronunciamento de
Eduardo Melander Filho, procurar na coluna à direita deste blog o título
“Vídeos de nosso interesse” e clicar no subtítulo “Mogave recebe Prêmio Dorothy
Stang – discurso de agradecimento”.
5-
Para
acessar a gravação completa em vídeo do texto transcrito da Entrega do Prêmio
Dorothy Stang de Humanidade, Tecnologia e Natureza de 05.06.2012 (versão 2011),
procurar na coluna à direita deste blog o título “Sites de interesse do
Movimento Garça Vermelha” e clicar no subtítulo ‘Câmara Municipal de São Paulo”
ou entrar direto no site da Câmara Municipal de São Paulo. Em seguida, clicar
em “Auditórios online” do lado direito do site. Depois, clicar na última linha
em “Para acessar a Galeria de Vídeos, clique aqui”. Em “Buscar Vídeos” digite
“05/06/2012” e em “Todas categorias” clique em “Solenidades – Sessões Solenes”
e em “Buscar”. Sempre em seguida, clique sobre o vídeo de “Sessão Solene para a
Entrega do Prêmio Dorothy Stang de Humanidade, Tecnologia e Natureza –
05.06.2012 – 19:00h São Nobre – Categoria: Solenidades – Sessões Solenes”. Por
último, adiante o cursor do tempo de gravação para o horário de “20:07”. A
gravação do trecho se encerra em “21:14”. (CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO.
Serviço Público. Disponível em: >.
Acesso em: 31 dez 2012).