Mocão de Repúdio à Construção do Aeroporto de Parelheiros - CADES Capela



Plenária de fundação do Movimento Aeroporto em Parelheiros Não - 01.08.2013 no CEU Cidade Dutra

Recebemos a notícia da construção de um aeroporto privado na região de Parelheiros com muito amargor. Mais uma vez os governos de plantão negociam, por baixo dos “panos”, sem consultar a população em geral. Mais importante: projetos paralelos que nada têm a ver com a preservação do meio ambiente e desenvolvimento sustentável virão, acabando com a região Sul de São Paulo e beneficiando propostas de exploração do homem pelo homem.

Um aeroporto em plena área de Mata Atlântica, nas cercanias da APA Bororé-Colônia e em região de compensação ambiental das obras do Rodoanel é um acinte à conservação da região e aos moradores que mais uma vez foram ludibriados.

Algumas questões devem ser colocadas:

1-      O aeroporto trará atrás de si um pólo “logístico”, como a abertura da “alça rodoviária do Rodoanel”, elevando ainda mais o tráfego na região e descumprindo os acordos de compensação pelas obras daquela via;
2-      Causará também a construção de um terminal ferroviário a fim de escoar o tráfego de mercadorias interligadas via aérea-rodoviária-ferroviária, depauperando ainda mais essa região que é de mananciais;
3-      Poluirá de diversas formas a região e, diretamente, a Represa do Guarapiranga, fornecedora de água para grande parte da população de São Paulo;
4-      Trará mão de obra qualificada e de fora, em detrimento à contratação de mão de obra local que não é especializada;
5-      Haverá adensamento populacional com a conseqüente impermeabilização do solo, agravando mais ainda a questão ambiental e social da região;
6-      Obras de duplicação de rodovias para escoar o transporte de cargas serão feitas pelo Poder Público, devido ao aumento do tráfego “comercial” da região, obras que serão pagas com o dinheiro do contribuinte, para beneficiar meia dúzia de empresários;
7-      Atrás desse projeto virá a “ressuscitação” da “Rodovia Parelheiros-Itanhaém”, acabando de vez com a Reserva Curucutú, com conseqüências diretas na Reserva da Juréia;
8-      A flora e a fauna da região, principalmente aves aquáticas locais e as migratórias que fazem “escala” na represa Guarapiranga após 10.000 km de viagem, poderão ser levadas à extinção;
9-      Haverá também o “desengavetamento” do projeto das “Rodovias Perimetrais” em torno da Billings e da Guarapiranga;
10-  Centenas de outros detalhes que não cabem nesse manifesto pela extensão quantitativa.

Quem ganha com esse projeto¿ A população com certeza não.

Por essas considerações, que não representam a totalidade delas, mas que são significativas, os Conselheiros do Conselho Regional de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Cultura de Paz da Capela do Socorro – CADES Capela – reunidos em 31.08.2013, REPUDIAM a iniciativa público-privada de construir um aeroporto na região de Parelheiros, por considerá-la perniciosa aos interesses da população e meio ambiente da região. Recomenda, também, que se contatem todos os outros CADES Regionais para que também discutam moções de mesmo conteúdo, assim como encaminhar essa para o CADES Central.

Assinam esse documento:


CONSELHEIROS DO CADES REGIONAL CAPELA DO SOCORRO.

2 comentários:

Anônimo disse...

VOCÊS DA REGIÃO DE PARELHEIROS SÃO MUITO É IDIOTAS! ACREDITANDO QUE A CONSTRUÇÃO DE UM “AERÓDROMO PRIVADO” VAI LHES TRAZER ALGUM BENEFÍCIO. POR ACASO LÁ EM CUMBICA TROUXE ALGUM BENEFÍCIO PARA A POPULAÇÃO DE BAIXA RENDA??!!! ANTES O QUE ERA APENAS TERRENOS VAZIOS, APÓS O AEROPORTO CHEGAR SE TRANSFORMARAM E IMENSAS FAVELAS, LIXO, DEGRADAÇÃO, AUMENTO DA VIOLÊNCIA E ETC! VOCÊS DE PARELHEIROS ACHAM QUE VÃO VIAJAR DE AVIÃO QUANDO BEM ENTENDEREM??!! TRATA-SE DE AERÓDROMO PARTICULAR E PARA AVIAÇÃO EXECUTIVA (TÁXI AÉREO E MOVIMENTAÇÃO DE AERONAVES PARTICULARES). DEIXEM DE SEREM BABACAS E PAREM DE ACREDITAR EM HISTÓRIA DA CAROCHINHA SEUS TROUXAS!! POIS CERTAMENTE O SENHOR ANDRÉ SKAF E SUA TURMA, BEM COMO MUITOS POLÍTICOS, EMPREITEIROS E OUTROS LOBOS DE PLANTÃO ESTÃO PENSANDO NO DINHEIRO QUE VÃO GANHAR, INCLUSIVE DESAPROPRIANDO VOCÊS QUE AÍ RESIDEM E TERÃO QUE IR MORAR SÓ DEUS SABE ONDE! ESSA REGIÃO TODA É DE PROTEÇÃO AMBIENTAL, É MATA ATLÂNTICA PROTEGIDA, POR CAUSA DE SUAS FAUNAS E FLORAS, E MUITO MAIS POR CAUSA DE SUA NASCENTES DE ÁGUAS QUE ABASTECEM NÓS SERES HUMANOS DA REGIÃO TODA!! ACORDEM PARA A REALIDADE SEUS IDIOTAS QUE COM CERTEZA TAMBÉM ESTÃO DE OLHO EM ALGUMA POSSÍVEL VANTAGEM E NEM QUEREM SABER O QUE VAI SER PREJUDICIAL EM TUDO ISSO DE CONSTRUIR AEROPORTO PRIVADO!!!!!

DEIXE QUE CONSTRUAM AEROPORTO EM LOCAL QUE NÃO SEJA PREJUDICIAL PARA TODOS NÓS!!!

FORA AEROPORTO PRIVADO DO ANDRÉ SKAF!! FORA!!!!
AQUI EM PARELHEIROS NÃO!!!!

ANDRÉ L. DE C. VIEIRA

Leoni disse...

Desenvolvimento com políticas ambientais sustentáveis, não são coisas antagônicas. Qualquer pessoa com um mínimo de noções culturais sabe que investimentos em transporte, saneamento básico, urbanismo e infra-estrutura só trazem o progresso por onde passam. Os fatos refletem isto, o atual rodoanel sul não permite ligações periféricas secundárias em seu contorno, e que atravessa inúmeros mananciais, e o futuro norte estão levando em conta estas importantíssimas questões. Com todo respeito, acreditar que o único caminho viável é deixarmos do jeito que está, é no mínimo falta de informação.
Dentre as obras do PAC, uma que deveria estar incluída e ser priorizada é ligação rodo ferroviária Parelheiros–Itanhaém, uma vez que o porto de Santos ultrapassou seu limite de saturação com filas de navios em de mais de 80 unidades, das quais podem ser avistados da Vila Caiçara em Praia Grande, além de que a Via Anchieta por ser a única via de descida permitida para ônibus e caminhões tem registrados congestionamentos e acidentes graves semanalmente, como este de hoje 22/02/2013 em que uma trompa d’agua na baixada paulista deixou o sistema Anchieta / Imigrantes em colapso, e o transito só foi restabelecido na madrugada do dia 24 seguinte, e em épocas de escoamento de safras também a Dom Domenico Rangoni (Piaçaguera–Guarujá) se torna congestionada diariamente, ao contrário da Manoel da Nóbrega, onde somente se fica com problemas em épocas pontuais na passagem de ano, ao porto de Santos, e os futuros portos de Itanhaém / Peruíbe.
Acredito também, como munícipe, que a estrada mitigaria as condições de estagnação que as cidades vivem, com ruas sem pavimentação, ocupação desordenada do solo, entre outras. Uma ligação da cidade com a região sul da capital traria muitos benefícios, fornecendo mais opções, melhorar a qualidade de vida dos moradores da capital e baixada. Muitas pessoas voltariam a fixar na cidade, inclusive eu. A cidade poderia nos dar mais retorno frente aos impostos que pagamos. Investimentos em Parques Temáticos, Porto, Aeroporto, Ferrovia ligando com a existente, enfim muitos projetos que alavancariam a região como um todo, bem como o desenvolvimento global de toda a região.
Enquanto outras cidades turísticas litorâneas avançam principalmente no norte fluminense, Itanhaem, Mongaguá e Peruíbe se voltam ás primitivas cidades sazonais caiçaras sem interesse em desenvolvimento e com metas e avanços financeiros presentes apenas nas mãos de alguns.
Já passou á hora de ver nossa geração e de nossos filhos se enraizarem na região com bons empregos e educação ao invés de tentar uma melhor condição social em São Paulo, pois Santos também já ultrapassou o limite de saturação.
Com relação Parelheiros, esta região rural situada ao sul do município de São Paulo, que possui uma carência de saneamento básico, ajudaria enormemente uma fiscalização, urbanização e preservação dos seus mananciais.
Sinto que o potencial destas cidades não são utilizados, com foco noutros que beneficiam uma minoria retrógrada. Não vejo senão, o apoio irresponsável e egoísta aos interesses escusos.