CHAMADO PÚBLICO
PARA MOBILIZAÇÃO MUNDIAL PELO CLIMA – MARCHA MUNDIAL DO CLIMA
SOLIDARIEDADE ÀS
VÍTIMAS DOS TRÁGICOS ATENTADOS DE 13 DE NOVEMBRO EM PARIS E TAMBÉM ÀS DO
COLONIALISMO E SUAS CONSEQUENCIAS EM TODO MUNDO.
PARTICIPE DA
MARCHA MUNDIAL DO CLIMA 29 DE NOVEMBRO 09H00 NA PAULISTA (MASP) EM DEFESA DO EQUILIBRIO
CLMÁTICO – COP-21 – PARIS!
- 2173 Eventos
programados em mais de 150 países
- 77 marchas são
previstas no mundo inteiro
Dentro de poucos
dias, líderes mundiais estarão reunidos pela última vez nesta década para
definir como nossos países enfrentarão as mudanças climáticas. Durante a
Conferência do Clima de Paris, eles vão apresentar suas soluções para impedir o
aquecimento médio acima dos 2°C, passando por reduzir rapidamente as emissões
de gases de efeito estufa em pelo menos 50% até 2020 e 80% até 2050. Segundo os
cientistas, esse é o limite de aumento de temperatura para evitar catástrofes
climáticas irreversíveis com consequências altamente letais que afetariam de
maneira trágica e permanente as formas de vida no planeta. As mudanças
climáticas se constituem na maior ameaça e desafio jamais colocados para a
história de nossa civilização!
A ação política
do povo, com destaque para os trabalhadores, deve ser imediata! Chega da
irresponsabilidade daqueles grupos e indivíduos que colocam em primeiro lugar
seus interesses egoístas, imediatistas, gananciosos, na verdade insanos, sobre
os interesses da humanidade inteira, nos conduzindo à destruição da
biodiversidade e fim de possibilidades de vida no Planeta (p.ex. a
irresponsabilidade criminosa da empresa Samarco que permitiu a ruptura da
barragem em Mariana, ou os agrotóxicos...). O atual modelo de “desenvolvimento”
econômico tem mercantilizado a VIDA, colocando em grave risco bilhões de pessoas.
Prioriza a acumulação material, acumulação de capital e o consumismo; se baseia
em uma extração acelerada e irracional dos bens naturais, sem tomar em conta os
limites, a capacidade planetária; Tem gerado a maior crise civilizatória da
história da humanidade, capaz de extinguir a civilização, com diferentes
dimensões (climática, ambiental, financeira, energética, alimentar, e,
sobretudo humanitária) que temos que enfrentar imediatamente e tenazmente.
Este processo da
CoP-21 pode ser nossa última chance de gerir um caminho alternativo de
desenvolvimento que respeite os limites e as capacidades regenerativas da Mãe
Terra e que enfrente as causas estruturais (modelo econômico neoliberal e
consumismo) das mudanças climáticas. Não é possível adiar mais a adoção e
implementação global de um programa de transição justa - social, energética,
produtiva e de estilo de consumo - necessária para evitar o transtorno total e
irreversível do sistema climático. JÁ ESTAMOS CONSUMINDO 1,6 PLANETA AO ANO –
PEGADA ECOLÓGICA!
Nossos/as
governantes no mundo todo continuam tímidos nas negociações e na apresentação
de metas. O Brasil, sétimo maior emissor de gases de efeito estufa do mundo,
apesar de estar à frente da maioria - todos estão atrasados - precisa dar
exemplo e ser mais ousado em suas metas para forçar os demais a fazer o mesmo.
Brava, Coalition
Climat 21 (http://coalitionclimat21.org/fr/je-mengage) – Como na CoP-20 em
Lima, a sociedade civil se organizou -"Coalition Climat 21". Composta
por mais de 130 organizações francesas e apoiada por nós e milhares de
organizações no mundo todo, esta coalizão está facilitando a realização das
Marchas do dia 29, da Cúpula dos Povos pelo Clima, da Zona de Ação Climática
(ZAC), o D12 e mais.
*** COMO AÇÃO
URGENTE E IMEDIATA DESTA LUTA, CONVOCAMOS A TODAS E TODOS SOLIDARIAMENTE PARA 4
DOS PRINCIPAIS PASSOS DA NOSSA MOBILIZAÇAO MUNDIAL PELO CLIMA:
1 – 29 DE
NOVEMBRO – 09H00 - Se reunirem conosco na MARCHA MUNDIAL PELO CLIMA -
“Mobilização Mundial pelo Clima – 2015 – São Paulo (https://www.facebook.com/events/785158971547821/)”,
– concentração no MASP, na Av. Paulista.
2 – Cúpula dos
Povos pelo Clima, 5 e 6 de dezembro em Paris /Montreuil. A maior concentração
de debates e apresentações de alternativas concretas frente às mudanças climáticas
acontecerá neste fim de semana.
3 – ZAC -
durante a última semana da COP-21, de 7 a 11 de dezembro, em um espaço cultural
aberto da cidade, [o "CENTQUATRE"], situado em um bairro popular do
norte de Paris - organizaremos a “Zona de Ação pelo Clima”;
4 – D 12: 12 de
dezembro, 12h, a mobilização do povo pelo clima sai às ruas em marcha
novamente, desta vez só em Paris. Em12 de dezembro, as negociações climáticas,
no contexto da COP 21, estarão a ponto de terminar. Mas nós sabemos que o
destino do planeta, e dos que o ocupam, AINDA não estarão assegurados. As
exigências cidadãs por um planeta justo e habitável são, no entanto claras:
• Reduzir
imediata e drasticamente as emissões de gases de efeito estufa;
• Garantir
justiça para as comunidades afetadas;
• Apoiar de
maneira adequada a transição ecológica justa, especialmente nos países pobres e
vulneráveis;
• Abandonar as
falsas soluções e concentrar-se nas soluções eficazes e renováveis
ESTES SÃO OS 4
PASSOS DOS POVOS DO MUNDO QUE COMPÕEM NOSSO “EVENTO MAGNO” ALTERNATIVO E COMPLEMENTAR
À COP 21, Conferência de Clima da ONU em Paris (UNFCCC) - Conferência das
Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a ser
realizada durante a primeira quinzena de dezembro, na cidade de Paris, na
República da França.
Os acordos que
adotaremos em ambos os eventos, no dos governos e no dos povos, serão de suma
importância para o futuro do planeta e da humanidade. Estamos diante de uma
emergência planetária, com cada vez maiores efeitos negativos sobre a vida das
pessoas e dos ecossistemas, com eventos climáticos extremos que causam perdas e
danos, muitas vezes irreversíveis, que aprofundam a vulnerabilidade e pobreza.
No dia 29 de
novembro, um dia antes de os/as líderes se reunirem em Paris, nós, povo
brasileiro juntamente com todos os povos do mundo, iremos realizar a maior
mobilização da história contra as mudanças climáticas, contra o modelo
econômico predador da vida, pela justiça climática e destacando a transição
justa. Em São Paulo, faremos oficinas educativas e/ou culturais na Avenida
Paulista e a passeata. Esta mobilização segue os passos do movimento global que
mobilizou cerca de 700 mil pessoas pelo mundo na Marcha Mundial do Clima de
setembro de 2014. Agora, vamos unir as pessoas em prol de metas de redução de
gases de efeito estufa ambiciosas, que respeitem as diferenças entre países,
mas que reflitam a vontade popular de proteger nossas cidades e campos e todas
as formas de vida que habitam este planeta. ENTRETANTO, a discussão sobre o
enfrentamento das mudanças climáticas não pode ficar limitada às metas de
redução de gases de efeito estufa, mas tem também que discutir se queremos
manter o mesmo modelo de desenvolvimento que vem provocando o problema, e se as
medidas que o país irá implementar para alcançar essas metas não perpetuam esse
modelo que viola direitos e impacta os territórios no campo e na cidade.
PEGADA ECOLÓGICA
E CONSUMISMO: Em 20 de agosto, a humanidade esgotou o orçamento da natureza
previsto para este ano e o planeta passou a operar no vermelho. Os dados são da
Global Footprint Network - GFN (Rede Global da Pegada Ecológica), instituição
internacional parceira da rede WWF. O chamado Overshoot Day (Dia da Sobrecarga
da Terra) é a data aproximada em que a demanda anual da humanidade sobre a
natureza ultrapassa a capacidade de renovação possível da Mãe Terra. Para
chegar a essa data, a GFN faz o rastreamento do que a humanidade demanda em
termos de recursos naturais (tal como alimentos, matérias-primas e absorção de
gás carbônico), ou seja, a nossa Pegada Ecológica, e compara com a capacidade
de reposição desses recursos pela natureza e de absorção de resíduos.
Os resultados
demonstram que, em pouco mais de oito meses, utilizamos tudo o que a natureza
consegue regenerar durante um ano. O restante ficou descoberto em nossa conta.
À medida que aumenta nosso consumo insustentável, cresce o débito ecológico,
traduzido na redução de florestas, perda da biodiversidade, colapso dos
recursos pesqueiros, escassez de alimentos, água, diminuição da produtividade
do solo e acúmulo de gás carbônico na atmosfera. Tudo isso não apenas
sobrecarrega a capacidade de recuperação e manutenção da Mãe Terra, como também
debilita a nossa própria economia.
É NECESSÁRIO
APRENDERMOS QUE FELICIDADE NÃO SE CONSTRÓI PELO QUE SE TEM, E SIM PELO QUE SE
É. E ESPECIALMENTE SE ENTENDER QUE OS RICOS PRECISAM CONSUMIR MENOS DOS SEUS
SUPERFLUOS NO PLANETA PARA QUE OS DEMAIS POSSAM CONSUMIR O NECESSÁRIO PARA SUA
DIGNIDADE.
Uma meta
revolucionária é possível. As mudanças climáticas são um tema de interesse
universal. Deve envolver a transformação do modelo de desenvolvimento, das
matrizes energéticas globais, com a descarbonização e priorização de fontes
renováveis e limpas, mobilidade e cidades sustentáveis, o cuidado com nossas
águas, produção de alimentos e a soberania alimentar o combate ao desmatamento
global e o reflorestamento de áreas já desmatadas. As metas que os países
apresentarão em Paris precisam mudar o mundo para melhor – JUSTIÇA CLIMÁTICA.
Há anos, a sociedade civil luta por um modelo de desenvolvimento não predatório
e acumulador de capital e vem mostrando, com experiências concretas, que ele é
possível.
Parte da
estratégia necessária é a defesa da TRANSIÇÃO JUSTA apresentada pelas centrais
que assegura que a transição e a mudança rumo a um modelo produtivo de baixas
emissões, garanta os direitos e ofereça oportunidades para as trabalhadoras e
os trabalhadores. O objetivo é assegurar que eles não paguem a conta pelas
consequências negativas ocasionadas por transformações das quais certamente não
são os maiores responsáveis. Ao promover ações de reconversão e transição nos
setores da economia que mais contaminam o meio ambiente, a Transição Justa é
chave para garantia da proteção de direitos e para a ampliação do Trabalho Decente
para todos nas décadas que virão.
Um acordo como
este, que terá que ser firmado em Paris, com impacto monumental em nossas
vidas, não pode passar despercebido pelos povos e nações. Se permitirmos não
ser firmado, ou que não seja legalmente vinculante, a vida das gerações futuras
está em concreto risco e nos conduzindo para a extinção da civilização.
A soma dos
passos da “MOBILIZAÇAO MUNDIAL PELO CLIMA” nos permitirá compartilhar
iniciativas, propostas e experiências e também articularmos para definir
agendas e exercer pressão aos tomadores de decisão na COP 21, exigindo que os
negociadores oficiais tomem em conta o clamor das exigências dos cidadãos e
cidadãs dos povos do mundo.
Nós,
organizações, coletivos, redes abaixo-assinados, nos comprometemos com a luta
de combate às mudanças climáticas e um desenvolvimento justo, igualitário e
sustentável. Juntos, pedimos ao governo brasileiro e aos/às líderes mundiais
que cheguem a um acordo e apresentem soluções para frear a mudança do clima.
JUSTIÇA CLIMÁTICA
OBSERVAÇÃO
Esse chamado
público contém um conjunto de propostas à esquerda e é assinado por dezenas de
organizações, dentre as quais o MOGAVE. A relação completa dessas organizações
pode ser obtida acessando www.sosclimaterra.org
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